quarta-feira, 30 de abril de 2008
o deserto
Bittersweet Symphony
'Cause it's a bittersweet symphony, this life
Trying to make ends meet
You're a slave to money then you die
I'll take you down the only road I've ever been down
You know the one that takes you to the places
where all the veins meet yeah
No change, I can't change
I can't change, I can't change
But I'm here in my mind
I am here in my mind
But I'm a million different people
from one day to the next
I can't change my mind
No, no, no, no, no, no, no,no,no,no,no,no(fading away)
Well I never pray
But tonight I'm on my knees yeah
I need to hear some sounds that recognize the pain in me, yeah
I let the melody shine, let it cleanse my mind, I feel free now
But the airways are clean and there's nobody singing to me now
No change, I can't change
I can't change, I can't change
But I'm here in my mind
I am here in my mind
And I'm a million different people
from one day to the next
I can't change my mind
No, no, no, no, no, no, no
I can't change
I can't change it
'Cause it's a bittersweet symphony, this life
Trying to make ends meet
Trying to find some money then you die
I'll take you down the only road I've ever been down
You know the one that takes you to the places
where all the veins meet yeah
You know I can't change, I can't change
I can't change, I can't change
But I'm here in my mind
I am here in my mind
And I'm a million different people
from one day to the next
I can't change my mind
No, no, no, no, no
I can't change my mind
no, no, no, no, no,
I can't change
Can't change my body,
no, no, no
I'll take you down the only road I've ever been down
I'll take you down the only road I've ever been down
Been down
Ever been down
Ever been down
Ever been down
Ever been down
THE VERVE, 1995, "Urban Hymns"
That you've ever been down
That you've ever been down
terça-feira, 29 de abril de 2008
Control de Anton Corbijn
segunda-feira, 28 de abril de 2008
eu gosto é do verão
Slow down now you're so fast
There's no race here on this track
Still a chance if i take my lead
But you pushed me forward in full-speed
You drove me to the wall
I put my car in stall
You drove me to the wall
I put my car in stall
You didn't mean to do that
I forgive and forget the past
There's still a chance i'll turn around
From the back i hear this crashing sound
You drove me to the wall
I put my car in stall
You drove me to the wall
I put my car in stall
I can't turn back
I can't turn back
I can't turn back to you
You drove me to the wall
(i can't turn back)
I put my car in stall
(i can't turn back)
You drove me to the wall
(i can't turn back to )
I put my car in stall
(you)
CAROLINE LUFKIN "Drove Me To The Wall"
EDVARD MUNCH "Sonho de Uma Noite de Verão"
domingo, 27 de abril de 2008
Portishead: Third
"Esteja alerta para a regra dos três
O que você dá retornará para você
Você só ganha aquilo que você merece
Essa lição você tem que aprender..."
sábado, 26 de abril de 2008
Ricardo Barros: Identidade Oceânica
São óleos pintados como se fossem aguarelas, poderiam lembrar Turner, mas estes são mais pesados, sem dúvida.
E são pesados porque nestes trabalhos, o mar, enquanto vastidão, enquanto massa ilimitada (Ou quase ilimitada.), surge como elemento separador: saudade, distância, ausência, espera, possivelmente um pouco de morte, todos confundidos na superfície do mar, aos olhos de um observador que parece procurar instrospeção.
Nascido no Porto, Ricardo Barros partiu em 2001 para os Açores, onde começou a produzir os trabalhos expostos agora sob o título "Identidade Oceânica". O tema principal é, como se disse o mar. No entanto, a estas paisagens juntam-se machas de tinta formando grafismos bizarros, desenhos em aparente esboço, com reminiscências renascentistas, "O Pintor Morreu" com uma bela influência da pintura barroca, e ainda vários retratos do compositor Johannes Brahms e do escritor Antero de Quental.
Quem lembra pessoas como Natália Correia ou José Medeiros, vindos dos Açores para o continente, certamente lhes lembrará um discurso poético e muito individual. Estas características pertencem também a estas obras de Ricardo Barros, mas de uma forma inversa, porque se sente uma certa tensão, uma certa sensação de evasão emotiva a transpirar através das pinceladas soltas mas exactas.
No caso dos trabalhos não figurativos, pode-se quase falar de uma atitude expressionista, ainda que não seja exactamente isso; e, definitivamente, pode-se falar de uma criação impulsiva, em que a cor e a forma se juntam, deixam espaço para muitíssimas interpretações, e, indo mais longe, parecem estar intrinsecamente ligados aos restantes trabalhos, não sendo a abstracção uma forma de desligar estas imagens das imagens figurativas.
No fundo, ver esta exposição é como visitar várias alas de uma mesma casa, ainda que esta não tenha existência física, tem, certamente, muita consistência.
Para ver na Galeria Artes do Solar de Santo António até 20 de Maio.
O VÍDEO da exposição, com as obras e imagens da inauguração pode ser visto no YouTube, em http://www.youtube.com/watch?v=9xCqgQMW1Sc&feature=user
O site
O endereço é http://www.pintora-gracamartins.com/
Enjoy.
sexta-feira, 25 de abril de 2008
25 de Abril
A morte saiu à rua num dia assim
Naquele lugar sem nome para qualquer fim
Uma gota rubra sobre a calçada cai
E um rio de sangue de um peito aberto sai
O vento que dá nas canas do canavial
E a foice duma ceifeira de Portugal
E o som da bigorna como um clarim do céu
Vão dizendo em toda a parte o Pintor morreu
Teu sangue, Pintor, reclama outra morte igual
Só olho por olho e dente por dente vale
À lei assassina, à morte que te matou
Teu corpo pertence à terra que te abraçou
Aqui te afirmamos dente por dente assim
Que um dia rirá melhor quem rirá por fim
Na curva da estrada hà covas feitas no chão
E em todas florirão rosas de uma nação.
Também recomendo uma visita pelo menos ao site do movimento "Não Apaguem a Memória" que pretende, precisamente, preservar a memória do 25 de Abril e dos tempos anteriores a ele. Precisamente na Quarta Feira, com repetição amanhã, Sábado, foi organizada por Maria Rodrigues (Autora do livro "Pelo Direito Á Cidade".) uma visita á antiga sede da Pide do Porto, actual Museu Militar. O site é http://maismemoria.org/mm/
quinta-feira, 24 de abril de 2008
Dark Road
I wanna learn to live again...
quarta-feira, 23 de abril de 2008
Tudo vale a pena
quando o álbum é muito bom, mesmo esperar 11 anos. "Third" dos Portishead é excelente... "Nylon Smile" fica aí, ao vivo.
terça-feira, 22 de abril de 2008
Rute Rosas: Não Há Príncipe Azul no Elefante Cor-de-Rosa
No entanto, “Não Há Príncipe Azul No Elefante Cor-de-Rosa”, exposição inaugurada no dia 19, o que vemos não é igual a algo que já tenhamos visto.
Quem conhece o Espaço Ilimitado, sabe que não é uma galeria vulgar: trata-se de uma casa antiga utilizada como local de divulgação cultural, e está incluída no Circuito de Miguel Bombarda, nome mais que familiar a qualquer pessoa interessada nas artes que viva no Porto, ou que por lá passe. Não ao acaso Rute Rosas terá escolhido este espaço para mostrar ao público esta instalação: a sua intervenção passa pela total remodelação do espaço: desde o papel de parede, aos candeeiros, aos móveis, ao fogão, aos biscoitos, aos licores, tudo faz parte deste trabalho, não só os objectos grandes como também outros pequenos, tão pequenos que, se não se for cuidadoso, nem se dá por eles. Ou seja, mais que uma simples instalação, “Não Há Príncipe Azul no Elefante Cor-de-Rosa” é uma casa toda, talvez de um casal, ou de uma pessoa sozinha talvez que não pertença a este tempo, ou nele não decorou a casa, mas sim de um outro tempo, mais passado, mais ainda muito familiarmente português: logo na entrada num pequeno relicário, um menino jesus em palhas tem em cima um pano bordado pela artista onde se lê “era uma vez”. Este tipo de bordados, que a artista define como esculturas, serão encontrados um pouco por todo o espaço, com inscrições em pano e não só, bem como os fragmentos na parede de entrada, ou as fotografias emolduradas da artista a bordar.
Visitar esta exposição é pois penetrar num ambiente com o qual os tempos modernos já não nos permitem conviver no dia-a-dia.
Ao mesmo tempo, o título remete-nos para uma história da tradição oral (O que já acontecia em “São Rosas, Senhor” de 2005.), e para uma ausência ou uma esperança vã, como nos remete o facto de estarmos numa casa em que nos é dada a sensação de que estamos num local privado no qual não deveríamos estar sem permissão, sob o perigo do(s) dono(s) nos surpreender(em) e acusar(em) de invasão de privacidade, e no entanto, há todo um vazio que é quase abandono que também povoa o espaço, indicado precisamente pelo desfasamento do tempo, evidente em muitos elementos que não revelo para não destruir a surpresa a quem quer que leia isto e queira ir ver a exposição.
Uma segunda parte do projecto encontra-se no centro do Centro Comercial Bombarda, uma peça que percebemos estar quase deslocada do Espaço Ilimitado, sob o título “…abre a janela, inspira e…!”, e ainda uma terceira parte está á venda no Matéria Prima do Edifício Artes em Partes, com o nome “para princesas, príncipes e ladrões de sonhos”.
A não perder nestes três locais do Circuito, até 24 de Maio.
segunda-feira, 21 de abril de 2008
domingo, 20 de abril de 2008
Columbine
sábado, 19 de abril de 2008
7 canções para quem se molha
Lou Rhodes “The Rain” (para celebrar)
(-Lou Rhodes-)
“The rain will come and wash it all away”… Podia ser mais uma menina com a sua guitarra, mas não é. Lou Rhodes abre com chuva o seu segundo álbum a solo, “Bloom”, na sonoridade folk-rock.
Annie Lennox “Pavement Cracks” (para andar na rua)
(-Annie Lennox-)
“The city streets are wet again with rain but I´m walking just the same…” E viva a maturidade: Como eu, Annie Lennox anda á chuva, e não quer saber de constipações. Do álbum “Bare”.
Nick Drake “Rain” (para observar)
(-Nick Drake-)
“Thoughts of rain in the sunset…” Raridade dessa lenda do rock que é Nick Drake. Ainda bem que ficaram, pelo menos, as músicas.
Tori Amos “Winter” (para pensar)
(-Tori Amos-)
“I get a little warm in my heart when I think of winter…” Directamente de “Little Earthquakes”, de 1990, uma das mais marcantes canções das muitas da pianista.
Mariza “Chuva” (para contar tudo)
(-Jorge Fernando-)
“A chuva ouviu e calou meu segredo á cidade e eis que ela bate no vidro trazendo a saudade…” Um dos primeiros originais de Mariza, no álbum “Fado em Mim”, canta ou conta um segredo á chuva.
Norah Jones “Come Away With Me” (para ouvir enquanto se está deitado na cama, de manhã)
(-Norah Jones-)
“And I wanna wake up with the rain falling on a tin roof while I´m safe there in your arms…” Todos sabemos quem ela é, para quê falar de “Come Away With Me”, ou não lhe tivessem dado o Grammy de álbum do ano.
Ashanti “Rain On Me” (para nos lamentarmos)
(-Ashanti Douglas, Chris Lorenzo; A Parker-)
“Rain on me, won´t you take this pain from me, I don´t wanna live, I don´t wanna breathe…”
Se não formos preconceituosos, percebemos que o R&B até tem um ou outro raro lampejo de qualidade. Ashanti tem poucos, mas tem alguns. Este é um deles, em “Chapter II”.
sexta-feira, 18 de abril de 2008
Nick Drake- Way to Blue
Vídeo retirado da caixa "Family Tree", que traça o curto percurso de Nick Drake na música. "Way To Blue" do álbum "Five Leaves Left".
quinta-feira, 17 de abril de 2008
não muita vez
Não muita vez nos vemos, mas se poucos
Amigos há para falar
Dos quais me sirvo de relâmpagos, de todos
É ele o que melhor vai com a minha fome.
Os dedos com que me tocou
Persistem sobre a pele, onde a memória os move.
Tacteiam, impolutos. Tantas vezes
A suor os traz consigo da memória, que nas tenho
Na pele poro através
Do qual eles não procurem sair quando transpiro. A pele é o espelho da memória
LUIS MIGUEL NAVA, "A Inércia da Deserção", 1981
isabel lhano, "eco", 2001
quarta-feira, 16 de abril de 2008
a (minha) verdade
terça-feira, 15 de abril de 2008
segunda-feira, 14 de abril de 2008
domingo, 13 de abril de 2008
O Brilho da Lama de Isabel de Sá
"Conversa de Bispos" 1977
Isto porque o primeiro capítulo do livro não ao acaso tem o nome de "Das Trevas Para a Luz": este era também o nome da exposição antológica dos 20 anos de pintura de Isabel de Sá na Galeria de São Mamede. E estes poemas, sempre dentro da linguagem única da artista, reflectem e aprofundam aquilo que já está á mostra nas pinturas. São, portanto, aqui analisados esses personagens, também eles únicos: as "mulheres-bonecas, apunhaladas", os "Bispos, rostos de luxúria/ e tirania", as "Crianças aterrorizadas/ no leito de morte,", as claraboias, os unicórnios, os demónios, os pássaros, etc.
Depois, "Na Escuridão do Espelho", o segundo capítulo, surgem em força os sentimentos, a sua erosão, no fundo, as coisas menos analistas e mais introspectivas, em que a poetisa fala para outra pessoa, para a pessoa que é o seu objecto de paixão, ou o seu objecto de amor. E estes são poemas belíssimos, carregados de um conhecimento muito exacto sobre o desejo, a paixão, o amor, a luxúria, a morte, o desgaste, e tudo o que povoa a vida.
"O Brilho da Lama" é, por isso, um livro obrigatório. Destaque também para a capa, brutal, com duas imagens de 1977 da própria Isabel de Sá.
Ficam dois poemas do livro, para dar uma ideia de como ele é:
Amantes encontram-se, furtivamente.
(do primeiro capítulo, Das Trevas Para a Luz)
Conhecemoso ritmo e a sede,
Tudo o que disseste
(do segundo capítulo, Na Escuridão do Espelho)
na próxima quinta feira
Lembrança de Perder Tudo
sábado, 12 de abril de 2008
o som
Chama-se "Smells Like Teen Spirit", e é impossivel que alguém não conheça, a não ser que viva em Marte. Este é o vídeo de uma das músicas mais marcantes da banda do falecido Kurt Cobain.
O Delírio
Delírio estético: a música, o video, etc, etc, etc. Palavras para quê? Afinal, there are (only) 20 years to go...
The Gift - 645
Eis o novo single do "Fácil de Entender" dos The Gift. Chama-se "645" e não deixa de ser uma excelente oportunidade para apreciar a qualidade da banda. Sónia Tavares, excentrica, como sempre, consegue uma das suas melhores interpretações.
sexta-feira, 11 de abril de 2008
as palavras
NATÁLIA CORREIA, "A Madona" (1982)
Imagem: CASPAR DAVID FRIEDRICH
quinta-feira, 10 de abril de 2008
a força
Nunca vi anjos nem aprendi orações
Como aprendi versos, mas desde cedo uma
Certa conspiração calma recolhida na parte
De trás da existência me foi dando
Conselhos, monocórdicos, pontuais;
Uma força constante que
Afastada dos dias e do seu ruído próprio
Me acompanhou. Nada religioso, nenhum Deus,
Nenhum temor, nenhuma adoração,
Chamemos à coisa: disciplina. E assim está bem.
O mundo avança e acontecem coisas,
E o meu corpo recolhe-se e faz o que tem a fazer.
GONÇALO M TAVARES, "Autobiografia"
Imagem: "OS ADORMECIDOS" de SOPHIE CALLE (1979)
quarta-feira, 9 de abril de 2008
Sarah McLachlan - Ice
Do DVD de "Afterglow Live", a avassaladora versão ao vivo de "Ice" do longínquo álbum "Fumbling Towards Ecstasy" de 1993. Muito muito muito bom.
terça-feira, 8 de abril de 2008
Das Margens de Vitor Ribeiro
E estas duas ideias distintas, parecem ser igualmente aplicáveis á mais recente exposição de Vítor Ribeiro.
"Árvore das Margens"
O artista portuense, nascido em 1957, mostra assim 17 esculturas e alguns desenhos projectuais, em Brecha de Santo António.
São principalmente, imagens de árvores. Árvores que podem muito bem ser o que existe nas margens de um rio. E estas árvores são esculpidas aproveitando a textura do material, a rugosidade ainda não polida, e construindo os ramos de uma forma simplista, quase tosca, não fosse a delicadeza das curvas e contracurvas. Mas não há nenhuma preocupação em ser muito realista. É-nos dada a certeza de que estamos perante a escultura de uma árvore, na maioria das vezes sem serem esculpidas muitas folhas ou uma reprodução minuciosa da textura dos troncos. E é aqui que entra a outra margem, a escolha de recusar os elementos habituais para nos dar a sugestão de uma árvore. E assim, Vítor Ribeiro cria algumas dualidades muito interessantes, como o facto de alguns ramos parecerem quase antropomórficos, pessoas em poses de momento, como as estátuas do Barroco. Mas isto depende muito da imaginação de quem vê. No entanto, o facto de ser possível, faz da exposição susceptível a várias interpretações, e este é um dos princípios da arte.
"Árvore Debruçada"
Assim sendo, e fazendo lembrar a belíssima fase dos “Escravos” de Miguel Ângelo Buonarrotti, vemos estas árvores que vão emergindo do bloco (“Friso”.) ou que irrompem dele como se se levantassem (“Tronco”.), que apenas assumem os seus próprios contornos (“Tronco Velho”.), ou que vão devorando de fora para dentro (“Árvore das Folhas.”), ou que vão vertendo da pedra sobre os suportes de ferro (“Árvore Debruçada”.). Além desta possível reminiscência renascentista/ maneirista, é possível, pelo aspecto rude do todo das esculturas, encontrar algumas referências pré-históricas, assumindo o artista várias estilizações da imagem da árvore.
Além das árvores, em dois trabalhos, Vítor Ribeiro apresenta casas: “Imbordeiro” e “Da Minha Casa Á Tua”, em que usa a irregularidade da pedra e, sobre ela, que dá a sugestão de vertente de montanha, ou de aproximação a um vale onde corra um rio, esculpe as casas, também de uma forma simplória e estilizada. Em “Imbordeiro” toma ainda a opção de colocar a casa e uma pequena árvore sobre o vale, e o vale sobre um expositor cónico, como se houvesse o perigo do transbordar das margens.
"Árvore do Rio"
Ou seja, nesta exposição, são as árvores o elemento que decide onde estamos. O espectador, na sua posição de observador, observa as esculturas desde o rio, é o que passa e vislumbra as margens, vê o que fica ali, erecto, erguido ao ar. O rio, esse, passa na Galeria de São Mamede, em Lisboa, até Abril. A passar, devagarinho.
segunda-feira, 7 de abril de 2008
isto são
Lídia Jorge, “Combateremos a Sombra” (2007)
“há um nítido ardil no tempo a aproximar as vozes
dos animais do pasto inabitado com que designas
o lado exterior da esperança a sagração da luz
na profundidade do quadro onde atas os fios dos afectos”João Rios, “Na Luz dos Afectos”, 2002 (Dedicado a Isabel Lhano, e incluído no catálogo da exposição “Affection)
“Dear God if you were alive
You know we´d kill you”Marilyn Manson, “GodEatGod” (2000)
“As pessoas viviam apenas para si próprias, para a sua própria satisfação e tudo o que diziam de Deus e do Bem não passavam de mentiras. E se, por acaso, alguém perguntasse porque é que sobre a terra tudo está organizado de tal maneira que os homens não se cansam de fazer o mal, não havia oportunidade para reflectir sobre isso. Vem o tédio: um cigarro, um copo de aguardente, ou, melhor ainda, um pouco de amor, e tudo se esvai.”Lev Tolstoi, “Ressurreição” (1899)
“I went to a concert
And I fought through the crowd
Guess I got too excited when I
Thought you were around”Julian Casablancas, “Heart In a Cage” (2005)
“Na leve suspensão de Agosto, de que a noite não tarda a tomar conta por completo, parece criar e rodear-se de um brilho pálido semelhante a um halo. O halo está cheio de caras. As caras não estão marcadas pelo sofrimento, nem estão marcadas por nada: nem horror, nem dor, nem sequer recriminações. Estão com um ar pacífico, como se tivessem escapado a uma apoteose…”William Faulkner, “A Luz de Agosto” (1932)
“we may be
“porque sem beleza não se aguenta estar vivo.”Isabel de Sá, “Esquizo Frenia” (1977-8)
“Não sei como é possível falar desse
Rapaz pelo interior
De cuja pele o sol surge antes de o fazer no céu.”Luís Miguel Nava, “Como Alguém Disse”
“eu te amo porque te amo
Amor é estado de graça
E com amor não se paga.”Carlos Drummond de Andrade
“No, not baby anymore
If I need you I´ll just use your simple name
Only kisses on the cheek from now on
And in a little while I´ll only have to wait…”Fiona Apple, “Love Ridden” (1997)
“Evidentemente, havia a música. Na minha vida há sempre música. Tudo começa com uma canção, e quando não começa, começa mal. Ás vezes começa com uma canção e também começa mal. Talvez porque não seja a canção adequada.”José Eduardo Agualusa, “Não Deve Dormir Quem Ama” (Egoísta, Setembro de 2007)
“I don´t even care if it works out fair in the end. I´m sure it doesn´t.”Kathy Bates, como Bettina, em Sete Palmos de Terra (ep. 3 da 3ª época, escrito por Kate Robin, 2003)
“and I have the sense to recognize
That I don´t know how to let you go
The glowing amber, burning hot
And burning slow…”Sarah McLachlan, “Surfacing” (1996)
domingo, 6 de abril de 2008
sábado, 5 de abril de 2008
24 hours
Helena Almeida, "Saída com Raiva", 1982
So this is permanence, love's shattered pride.
What once was innocence, turned on its side.
A cloud hangs over me, marks every move,
Deep in the memory, of what once was love.
Oh how I realised how I wanted time,
Put into perspective, tried so hard to find,
Just for one moment, thought I'd found my way.
Destiny unfolded, I watched it slip away.
Excessive flashpoints, beyond all reach,
Solitary demands for all I'd like to keep.
Let's take a ride out, see what we can find,
A valueless collection of hopes and past desires.
I never realised the lengths I'd have to go,
All the darkest corners of a sense I didn't know.
Just for one moment, I heard somebody call,
Looked beyond the day in hand, there's nothing there at all.
Now that I've realised how it's all gone wrong,
Gotta find some therapy, this treatment takes too long.
Deep in the heart of where sympathy held sway,
Gotta find my destiny, before it gets too late.
IAN CURTIS para o álbum CLOSER dos JOY DIVISION, 1980
sexta-feira, 4 de abril de 2008
The Editors no Coliseu do Porto
Veredicto: 20/20
Editors- An End Has a Start
Segundo momento do concerto, primeira música tocada do novo álbum, "An End Has a Start".