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sexta-feira, 11 de julho de 2008

por favor

leiam todos a crónica de Mário Contomélias no JN de hoje, sobre o Exame Nacional de Desenho. Finalmente alguém que defende os alunos de Arte. O nome da crónica é "Morra o ME, morra. Pim!", e está na página 12.

sábado, 28 de junho de 2008

ninguém pode deixar

de ver a Actual que vem o Expresso hoje. Está o máximo! Falam do dito fenómeno emo, têm um enorme texto sobre como os My Chemical Romance levaram uma miúda ao suicídio, falam de Marilyn Manson e de Kurt Cobain neste contexto.
O mais interessante é que eles acham que o estilo emo e a música dos My Chemical Romance e dos Tokio Hotel pode ser perturbador. Só se for porque dá demasiada vontade de rir.
Ainda mais engraçado é que nem os My Chemical Romance nem os Tokio Hotel se consideram emo.
E o vocalista dos TH queixa-se que quando foi á televisão não o deixaram pôr o cabelo no ar... Coitado!

And now that we´re at it, não percam as reportagens que estão a passar nos noticiários das fãs de Tokio Hotel a acampar em frente ao Pavilhão Atlântico, para irem assistir no melhor lugar possível. O clube de fãs do Toni Carreira tem concorrência. E da boa.
Quase tão deprimente como aquele freakshow quando eles cancelaram o concerto da primeira vez.

domingo, 20 de abril de 2008

Columbine

Quem tiver lido "A Ressurreição" de Lev Tolstoi, terá bem presente a ideia fulcral que fica no ar com o romance, e que permanecerá para sempre sem resposta unívoca: SERÁ O CRIMINOSO O
ÚNICO CULPADO DO CRIME?"



Há exactamente 9 anos atrás, Eric Harris e Dylan Klebold irromperam pelos corredores do Liceu de Columbine com variadas armas de fogo, e iniciaram um massacre que terminaria com a morte de 13 pessoas, feriram outras 24, e no final suicidaram-se.
As leituras do evento, e as consequentes conclusões ficam para cada um. Eu subscrevo Tolstoi, e respondo-lhe que neste caso, os criminosos não são os únicos culpados do crime.
O Massacre de Columbine não deve nunca ser esquecido, e deve ser exemplo daquilo que vai dentro de cada pessoa que sofre de exclusão social e de marginalização por parte do círculo social em que está inserido.
Mas claro que outras pessoas decidiram que há que absolver o ambiente em que estes dois adolescentes viviam, e culparam muita gente, desde Hitler ao Marilyn Manson... Grande Ideia.
http://en.wikipedia.org/wiki/Columbine_High_School_massacre

terça-feira, 1 de abril de 2008

o dia das mentiras

é uma verdadeira seca. Por mim acaba-se já com ele.

terça-feira, 18 de março de 2008

História de Uma Desculturização

ou Porque é Que La Féria Nunca Devia ter Ficado com o Rivoli




É um espaço arquitectonicamente bom, muito agradável, bem situado, e melhor que tudo, pertence aos moradores do Porto. Era isto o Rivoli, até há cerca de um ano.

Depois, surge a notícia: o Rivoli será privatizado. Lá se vai o Auditório Municipal. De facto, privatizar o Rivoli tornaria a história de que pertencia aos moradores do Porto uma ficção. Mas, entregue á pessoa certa, nao havia razões para deixar de ser um espaço cultural e um dos locais obrigatórios de passagem no Porto.

No entanto, Rui Rio não deu atenção a esta última parte, e fala-se de entregar o Rivoli a Filipe La Féria. Contra tudo e contra todos, La Feria conseguiu mesmo ficar com a sala.
Depois deste tempo todo, necessário para avaliar o comportamento de La Féria, digo-vos o que acho.

Acho que Filipe La Feria, se não é a pessoa mais anti-cultural em Portugal, tem que estar no Top 3.

A cultura tem um príncipio básico, e julgo que isto é conhecimento comum: diversidade. A cultura constroi-se com a música, o teatro, o cinema, o bailado, as artes plásticas, a literatura, etc. Mas, para La Feria, ficar com o Rivoli não foi ficar com um espaço cultural, foi alugar uma casa. E, desde então, tudo o que passa pelo Rivoli são as peças de La Feria, desde Jesus Cristo Superstar até á Música no Coração e ao Principezinho.

Acabaram-se os concertos, as exposições, enfim, acabou-se tudo o que não seja de La Feria. Pode ser teatro, mas não é cultura, é auto-promoção.Eu próprio não cosigo descrever o nó na garganta com que fico quando passo junto ao Rivoli e vejo tanta gente amontoada para ir assistir a uma peça desse sujeito. Da mesma forma, também não sei descrever a sensação de vitória que tive quando, no Fatasporto via muito mais gente do que para assistir a qualquer peça de La Feria, mas não iam ver a peça de La Feria.

Mas mesmo no Fantas, esse sujeito teve que fazer das suas: recusou-se a tirar as garrafais letras, a estúpida foto gigante da actriz de Musica no Coração com os braços abertos e uma expressão completamente palerma, assim como as estúpidas estelas com as cabeças das crianças do musical na entrada. Tudo isto, para ser sincero, deu-me uma enorme vontade de trepar as paredes e arrancar aquelas promoções megalómanas e despropositadas a uma pessoa muito inchada e pouco dotada.
No sentido oposto, ou seja, exemplo de um excelente trabalho, foi Paulo Brandão, a quem foi entregue o Theatro Circo de Braga. Devo dizer que considero o cartaz do Theatro Circo senão o melhor, um dos melhores do país. Prima pela diversidade, e pela selectividade cultural.

Em compensação, de La Feria, só tenho a dizer que espero que saia o mais rapidamente possível da direcção do Rivoli. A sala pertence aos habitantes do Porto, mas, mais importante ainda, pertence á cultura, e está a ser privado disso por uma pessoa com um ego enorme e infundado. Quem viu o musical de Amália só pode ter ficado escandalizado...

domingo, 16 de março de 2008

FamaShow

Portugal é um daqueles países que não dá realce á cultura, mas adora ter supostas vedetas. Na realidade, aqueles que de facto merecem reconhecimento, como são os nossos grandes poetas, os nossos excelentes artistas, os nossos brutais escritores, os nossos óptimos músicos; não saem muito de um quase anonimato que é uma condenação prévia da decisão de serem pessoas ligadas á cultura. No entanto, existem aquelas vergonhosas coisas a que se dá o nome de colunas sociais. E as colunas sociais são fenomenais, porque nada é exigido a quem é falado. As palavras chave são "estar", "aparecer". E são essas as pessoas a quem se dá realce em Portugal. Cinha Jardim, Lili Caneças, Paula Bobone, Vicky Fernandes, Florbela Queiroz, Elsa Raposo... enfim, pessoas que não têm contributos para a cultura, que não têm dinheiro, mas que "aparecem" constantemente na casa uns dos outros, e que "estão" invariavelmente nas mais variadas feiras de vaidades.
"FamaShow", programa da Sic no qual tropecei acidentalmente, é um programa sobre este tipo de pessoas. Aliás, a Sic, no que toca a realçar nulidades não tem concorrência. Desde o "Extase" á "Tertulia Cor de Rosa"... Mas realmente não percebo qual é o interesse de passar um quarto de hora a ouvir o Herman José falar dos cintos que coleciona, enquanto os mostra; ou ouvir falar Tony Carreira da sua biografia...?
Quanto á "Tertúlia Cor-de-Rosa", não resisto em falar do assunto. Costuma estar a passar no restaurante onde almoço com os meus amigos, e só continuo a perguntar-me que prazer masoquista é este que tenho, porque acabo sempre por olhar. Juntam a Maya, o Nuno Eiró, o Cláudio Ramos, a Ana Maria Lucas, a Florbela Queiroz e o Daniel Nascimento á volta da Fátima Lopes (Que não percebo porque se sujeita a espéctaculos deste calibre.) a discutir se o José Castelo Branco tem ou na razão quando diz na capa da Lux (?) que aos 45 anos já atingiu a perfeição (Como se fosse sequer possível duvidar de que não.), a discutir o vestido da Lili Caneças, o rompimento entre o Cristiano Ronaldo e a Merche... enfim, a não falar de nada.
Tudo isto existe, e tudo isto é triste, já diria Amália, mas aqui o sentido é mesmo muito pejorativo. Portugal atrasou-se culturalmente durante a ditadura, e agora, em vez de se preocupar em recuperar o tempo e a sabedoria perdidos, está preocupado em saber quem acabou com quem se foi Merche ou Cristiano. Se eu fosse milionário, eu comprava a Sic e a TVI e fecháva-as... É que eu acho que há limites no que toca a entertenimento. A Sic acha que o "FamaShow" e a Tertulia Cor-de-Rosa são formas de entertenimento, mas são formas de estupidificação de massas, e isso devia ser crime...

domingo, 2 de março de 2008

Lou Rhodes na Casa da Música

BETWEEN WONDER AND WONDER

As onze horas Oddur Mar Runarsson subiu ao palco para cantar algumas das suas canções, carregando assim o peso de uma plateia que não estava ali para o ver. Ainda assim, não se pode dizer que tenha corrido mal.

Pouco depois, acompanhada das suas duas guitarras, a cantora que todos esperavam entra em palco: Lou Rhodes é uma mulher bonita, cheia de ambiguidades, há nela algo de sereno e algo de selvagem, algo de angelical e algo de humano, tem um aspecto jovem, mas a sua voz parece velha, as suas músicas parecem existir há muito tempo, e no entanto, parece que cada momento da música nasce ali mesmo pela primeira vez.
De facto, é estranho que, ao promover “Beloved One”, mais simples a nível instrumental, Lou tenha feito digressão com uma banda, e, agora, em “Bloom” onde a diversidade e complexidade instrumental são bem maiores se apresente em palco sozinha. Mas, logo em “The Rain”, uma coisa fica muito evidente: as músicas não perdem força nem energia ao serem despidas de tudo o que não seja guitarra acústica e voz.
Lou tem uma postura tímida, por vezes até demais, mas a entrega ás canções é total, e canta-as como quem de facto as sente.
Assim, quando a sua voz de faz ouvir cantando
“I know a man with the world on his shoulders
And angel´s wings on his back…”
não há muitas probabilidades de sentirmos a falta dos restantes instrumentos. Prossegue por “This Love”, que, estranhamente soa melhor assim, na versão de solo de guitarra.
No Re-Run” marca o primeiro ingresso pelo primeiro álbum, “Beloved One”, numa versão que o que perde em fluidez ganha em ritmo. Em “Tremble” pede a ajuda do público para marcar o ritmo (De que a canção muito vive.) batendo palmas.
Uma das melhores músicas de “Bloom”, “Bloom”, ainda que muito bem interpretada, é uma das poucas que de facto, perde pela redução instrumental. Sem as notas de xilofone, apenas com a guitarra e a voz, fica a parecer uma música demasiado repetitiva e simples. O som nocturno não se perde, ainda assim. “Each Moment New” pontua também, sendo não só um dos mais comoventes momentos ao vivo como uma das melhores canções que Rhodes já escreveu (Lamb incluídos.) e nesta nova roupagem ganha um intimismo que muito bem lhe fica. Depois de uma pequena conversa sobre como uma música assume diferentes significados de acordo com a fase que uma pessoa atravessa, Lou lança-se na interpretação de “Beloved One” que, como “No Re-Run”, o que perde em fluidez, ganha em ritmo. A versão de “Tin Angel” de Joni Michell é lindíssima, sem dúvida. Antevisão de um terceiro álbum, “Some Magic Day”, resulta numa canção que, ainda que musicalmente muito interessante, peca pela predicabilidade da letra. “Icarus”, momento nada transcendente no álbum, soa ao vivo a uma espécie de feixe de luz sobre a figura introspectiva de Lou Rhodes: muito bonito. Segue-se um dos picos de beleza de “Bloom”, “All We Are”, do qual é melhor nem falar por ausência de palavras. Como que apalpar terreno, segue-se a versão á capella de “Gabriel”, resgatada ao “What Sound” dos Lamb. Momento de uma estética muito diferente do que Rhodes faz agora, resulta bem. “Never Loved (A Man Like You)” é também um belíssimo momento, onde, mais uma vez, os instrumentos fazem alguma falta, ainda que não retirem de todo a carga emotiva á canção. Fazendo-me sofrer até ao último momento, Lou guardou a minha preferida para o final, “They Say”, absolutamente perfeita. Os encores foram feitos com “Save Me” (Onde Lou se engana na letra, o que não devia ter deixado perceber…) e com “Sister Moon”, uma das canções que me parece menos pertinente no contexto do álbum.
Relatado o concerto que amei, ficam as minhas palavras de ódio:
Primeiro ao público: estava a sala cheia de pessoas que claramente desconheciam as canções de Lou Rhodes, limitando-se a conhecer, provavelmente, “What Sound”, álbum de mais projecção dos Lamb. Não se esforçavam por aderir ás canções, limitando-se a aplaudir sem grande convicção no final. Devem ter sido meia dúzia de pessoas a bater palmas quando Lou o pediu em “Tremble”. No final, os comentários que ouvi eram de uma grande ignorância do contexto desta carreira a solo: queixavam-se da falta de banda (Quando Rhodes alega, desde “Beloved One” que quer que a sua música se faça apenas do que lhe é essencial, o que muitas vezes pode ser só uma guitarra e voz.) e da timidez da cantora (Que sempre assim foi.). Sinceramente, acho que quem não conhece a música nem devia poder ir ver. Se estivesse no lugar de Lou Rhodes estaria muito mal impressionado com o público. Desrespeitaram-na totalmente, atirando-lhe uma indiferença que é nojenta, como se ela só tivesse o direito de cantar as músicas do Lamb. O PÚBLICO PORTUGUÊS É UMA VERGONHA!
Segundo, á Casa da Música: é suposto ser um espaço onde se abriguem vários tipos de música, mas, na realidade, há por norma orquestras de música erudita e bandas de jazz. O resto das duas uma: ou não vai, ou vai á sala pequena, que é o caso. O programa da Casa da Música é elitista e fechado, ignora muitos tipos de música. Fica a minha deixa. Recomendo que vejam estas canções ao vivo, vivamente. Blessings Lou…

Veredicto: 19/20

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

expressões proibidas

não é...?

dado que...

está ligado a...

está relacionado com...

não explica

não responde

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

A Nova Lei-Sócrates

Não é meu costume manifestar-me acerca de política. Não que não tenha uma opinião, simplesmente gosto de a guardar para mim. As almas raras que já leram o meu blog sabem que em situação alguma o utilizei para me evidenciar politicamente. E, posto isto, quem ler vai achar, como eu, ridículo que a primeira vez que o faça seja por um motivo destes. Mas a verdade é que tenho mesmo que me manifestar acerca da nova lei da proibição de fumar nos locais públicos. Quanto a restaurantes, eu estou de acordo. As pessoas vão lá para comer, e não é lá muito agradável estar a comer a comida e o fumo dos outros. Mas os cafés são outra conversa. São locais onde se vai, acima de tudo, passar tempo, e não sao assim tão raras as pessoas que gostam de acompanhar o seu café com um cigarro.
Eu incluido. E portanto, após discordar de tantas medidas do executivo de Socrates, vou-me manifestar.
Primeiro: gosto de escrever no café, enquanto tomo cafés e fumo. Sim, pois, claro, sou um idiota.
Segundo: é insultuoso que um governo que se diz de Esquerda tome uma atitude tão pouco liberal. Nunca de discutiu a legalização das drogas leves. Tudo bem, pode ser só distração. Mas agora os locais onde se pode fumar passam, realmente, a ser tratados como salas de chuto, onde os dependentes vão matar o vício. A isto eu chamo mentes abertas.
Terceiro: há cafés que vão fechar. Na rua da minha escola há um café que tem clientes essencialmente nas horas dos intervalos. Quando há furos há um ou outro aluno que falta á aula de substituição (E faz ele muito bem.), e vai para o café. Mas bastam-me os dedos de uma mão para contar o número de vezes que vi alguém nesse café que não pertencesse ao corpo docente ou estudantil da escola. Este, se não permitir que se fume no interior, fecha de certeza.
Quarto: este é um problema menor. Sócrates está á frente de um país que lhe deu maioria absoluta, e que vive com sérias dificuldades, na sua maioria. Há pessoas sem casa, há pessoas sem condições, o desemprego aumenta, a cultura degrada-se, as pessoas no geral estão descontentes. E com que se preocupa o primeiro ministro? Com os fumadores que incomodam os não-fumadores no café. De facto, há que admitir: Sócrates tem bem-definidas as suas prioridades, e estão correctas, não haja dúvidas.
Portanto, o primeiro-ministro é um idiota, e eu, na minha insignificância, apelo ao voto em qualquer um dos candidatos de 2009, que não Sócrates. Pessoas como ele devem estar no café, de preferência um onde se fume muito, muito, muito...

domingo, 26 de agosto de 2007

Alergias Legítimas

A Rolling Stone levou a cabo uma sondagem em que o resultado seria uma lista das dez canções mais irritantes de sempre. Um comentário pessoal para cada um, uma vez que adorei a lista:
1. "My Humps" BLACK EYED PEAS: Um primeiro lugar muito justo, sim. De facto, Fergie e os seus comparsas poderiam fazer tantas coisas, porquê música? Não é justo que tanta gente ande a cantar em bares na noite da guitarra e que os Black Eyed Peas que não estão a fazer nada andem a gravar álbuns. Essa senhora, ainda por cima tem o descaramento de nos dizer que gravou um álbum a solo, quando a verdade é que o que muda é o nome que aparece na capa. Will.I.Am e o resto desses atrasados mentais está por lá, e nos videoclips também. "My Humps" é uma canção irritante, mas não mais que outras como "Shut Up", "Where Is The Love" ou "Don´t Phunk With My Heart". Uma tristeza.
2. "Macarena" LOS DEL RIO: Eu já nem me lembrava que esta música existia. Do pior. A música latina sempre nos mostrou que por vezes não gosta de legitimar Glória Estefan, e é uma pena, porque isso dá origem a coisas como esta. Coisas como estas nem merecem que se lhes chame música. Sem comentários.
3. "Who Let The Dogs Out" BAHA MEN: Esta música só tinha piada quando passava no genérico de "100 Deeds For Eddie". Fora daí, deviam proíbi-la. Umas vozes que fazem lembrar um personagem dos Batanetes sobre umas percussões de quinta categoria e resultado: nunca soubémos quem deixou os cães saír.
4. "My Heart Will Go On" CELINE DION: Bom exemplo de uma música arruínada pelo abuso. Tudo bem, foi muito gira no Titanic, aparte de ser uma sentimental do pior, Celine merece crédito pela voz potente, mas toda a gente abusou de My Heart Will Go On. Resumo da ópera: já ninguém suporta ouvir esta canção que há não tão poucos anos atrás venceu o óscar de Melhor Canção.
5. "Photograph" NICKELBACK: Todos sabemos que a banda de Chad Kroeger teve momentos mais felizes que este. "Photograph" é de facto álgo de irritante, uma mistura de letra do Bazar Oriental com uma melodia composta sobre os joelhos a meias com uma guitarra. O produto final é para esquecer. Lembremo-nos de "How You Remind Me".
6. "Mambo nº5" LOU BEGA: Esta não conheço. Acho eu.
7. "You´re Beautiful" JAMES BLUNT: Dêem-lhe um tiro! Por favor. A voz é irritante ao fim de escassos segundos, a música é exasperante, as guitarras hispânicas já estão mais usadas que as Vans nestes dias, e ainda falta falar da letra. Diz-nos este génio: "Eu vi um anjo disso estou certo, ela sorriu para mim no metro, estava com outro homem, mas não vou perder o sono por causa disso porque tenho um plano: tu és linda, é verdade." Belo plano. Não admira que no fim ele diga que nunca vai estar com ela.
8. "Wannabe" SPICE GIRLS: Como devem achar que ainda não nos torturaram o suficiente com coisas como esta, parece que estas meninas ainda se vão juntar de novo, devido á falta de algo para fazer de Victoria Beckham. "Wannabe", o cúmulo do previsível. Ficará na história, decerto, como uma das piores músicas de sempre. Alguém tem de ficar.
9. "The Thong Song" SISQO: Também não me parece que conheça.
10. "Believe" CHER: Realmente, já não há paciência para ouvir este hino de libertação feminina fora de tempo. E também não há paciência para aquelas piruetas que ela faz para escamotear a falta de boa voz. Podia sempre voltar ao cinema, mas pronto, ela prefere fingir que acredita que nos acreditamos que ela sabe cantar. Ou preferia, uma vez que já fez a sua "Farewell Tour". Boa ideia.
QUEM EU ACHO QUE FALTA:
"Umbrella" RHIANNA: se traduzirmos, dá para perceber que ela diz "fica debaixo do meu guarda-chuva, uva, uva, uva, yeah, yeah, yeah." Muito giro.
"Sexyback" JUSTIN TIMBERLAKE: Shoot him!
"Candyshop" 50 CENT: Torture him!
Peace guys!

segunda-feira, 18 de dezembro de 2006

As Minhas Queixas

Caro Pai Natal:

Chegando o Natal, é tempo de fazer uma retrospectiva. Para merecer os meus presentes de Natal, posso não ter feito muito, mas aconteceram-me coisas muito desagradáveis este ano, que bem me fazem merecer as All Stars e o pack das Donas de Casa Desesperadas.

1.º- A atruibuição do Nobel da Literatura a Orhan Pamuk. Tinha que começar por aqui. Há anos que ando a dizer que depois do Saramago, o António Lobo Antunes já deveria ter ganho o Nobel. Isto está a tornar-se pessoal, a academia sueca está a fazer isto para me irritar. Estou farto disto.


2.º- Não fui á exposição da Frida Kahlo ao CCB. Problemas de agenda, problemas de agenda, e quem ficou a ver navios em vez de ver "A Coluna Partida" ou "Auto Retrato com Macaco" fui eu. Aliás, a ver barcos rabelos, porque no Douro nem há navios.


3.º- O final da série "Senhora Presidente" sem a promessa de uma segunda temporada. Privem-me de quase tudo, mas não da Geena Davis a interpretar MacKenzie Allen, senhora da Casa Branca, e Donald Sutherland como Presidente da Câmara de Representantes, ou simplesmente Nathan Templeton.

4.º- Mais uma vez, esqueci-me de metade dos aniversários dos meus amigos. Não faço por mal, mas tenho muita dificuldade em fixar datas, principalmente quando são datas tão parecidas no nome como Aniversário da Né, Aniversário do Fred, Aniversário da Nita, Aniversário do Diogo... enfim... é desgradável...

5.º- A minha irmã nem cresceu nem se tornou menos chata, e isto está na minha lista de prendas do Pai Natal há sabe Deus quantos anos...

6.º- Os Morangos com Açúcar continuam aí... apesar de eu tanto ter cortado na casaca do sr. José Eduardo Moniz...

7.º- Ainda não foi desta que provei Kibe Cru, que é um prato colombiano que eu ando curioso para experimentar.

8.º- O Justin Timberlake voltou aos discos com o FutureSex/LoveSounds, para mal dos meus pecados. Ouvi-lo cantar Rock Your Body era mau. Ouvi-lo em Let Me Talk To You My Love é pior...

9.º- Ainda não comprei uma casa no Algarve. É uma coisa de que ainda não desisti. Mas tinha sido tão bom, se tivesse sido este ano... principalmente no Halloween...,

10.º- Não foi desta que consegui gostar dos Sissor Sisters (As noites no Maus Hábitos não contam.) apesar de prometer a mim mesmo que vou conseuir descobir qual o motivo para que tão bem se diga deles.

11.º- Não consegui gostar de nenhuma música do novo álbum da Beyoncé Knowles, B Day, e eu acho que, depois de um ano de obsessão, na altura de Dangerously In Love, eu devia isso a mim mesmo.

12.º- Não descobri quem é o Tubarão. Andam praí ás voltas com o Bráulio, com a Raquel... e nada.

13.º- Não arranjei coragem para vestir uma T-Shirt cor-de-rosa...

14.º- Não consegui despir-me do veneno do sarcasmo nem um bocadinho...

15º- O Rui Rio entregou o Rivoli ao Felipe La Feria, e já lhes chamei todos os nomes...

Por tudo isto, querido Pai Natal, quero umas All Stars cinzentas e o pack dos DVDs da primeira temporada das Donas de Casa Desesperadas, e á meia-noite de 24, se faz favor. Um abraço, teu

SuperMassive Black Hole

O Meu Filme de Natal


Adoro cinema. Tive essa disciplina o ano passado, na Soares, no módulo de Comunicação Audiovisual, adoro ir ao cinema, vasculhar os DVDs nas lojas, e ver o Onda Curta, porque adoro curtas-metragens. Portanto, e lobo-antunianamente repetindo-me
Adoro cinema.
Mas, confesso que o ano passado desisti de ir ao cinema no Natal. Passo a explicar. Fui ao cinema com alguns colegas, a Guimarães. Como foi? Nada bom. O único que ainda nenhum de nós tinha visto era um de desenhos animados, que não posso garantir que não fosse o Lillo & Stitch 2. Estava cheio de famílias felizes com os filhinhos sorridentes, segurando com esse sorriso um colossal balde de pipocas. Sentámo-nos numa das filas do meio, e eu fiquei na ponta. Pus-me a pensar na minha vida, já que os filmes de desenhos animados raramente me agarram, e, a certa altura, estava a suspirar tanto que um rapazinho de seis anos me mandou calar. Um mimo. De uma forma ou de outra, passei o resto do dia em baixo, suponho que precisava de alguém que me dissesse que tudo ia ficar bem. Enfim, coisas natalícias.
Portanto, agora, não vou ao cinema, do meio de Dezembro até ao meio de Janeiro. Fugi.
Agora, limito-me a ver o meu filme de Natal, que é The Nightmare Before Christmas- O Estranho Mundo de Jack, do Tim Burton (Um dos meus definitivamente preferidos.) porque tenho uma edição especial em DVD, logo posso ver em casa dos meus pais, ou no meu PC, no primeiro caso, na sala, debaixo de um cobertor que detesto ficar constipado, e não me ponho a pensar na minha vida, uma vez que este filme me prende, apesar de já o ter visto um número de vezes nunca inferior a 584865497508435646752364162537804945859069, e, mesmo que pusesse, como o vejo sozinho, não haveria criancinha de seis anos que me mandasse calar. Pode ser que um dia ganhe coragem de voltar ao cinema na altura do Natal, não sei. Espero que sim. Por enquanto, não consigo ir. Se fosse, faria o máximo dos máximos por não ficar numa da pontas, porque, ao menos entre os meus amigos, estaria protegido, protegido como acabo de ouvir que a Carolina Salgado vai passar a andar, uma vez que corre perigo, derivado ás graves acusações que faz em "Eu, Carolina"... próxima candidata ao Nobel de Portugal. Isto era um parêntesis. O que eu queria mesmo era perceber porque não vou ao cinema nesta altura. Acho que descobri...

sexta-feira, 15 de dezembro de 2006

Será Bráulio o Tubarão?


Ontem á noite fui bombardeado com 4 sms que continham basicamente o mesmo texto:
"Será Baúlio... o Tubarão?"
Pois é, a vida tem destas coisas, e as novelas também.
Depois de "Quem matou o António?", Rui Vilhena deixa todos curiosos com "Quem é o Tubarão?" Depois de um episódio em que Mónica telefona ao Tubarão e 499 telemóveis tocam, temos outros tantos suspeitos: Beatriz, Filipe, Braúlio, Célia, Fernando, Bárbara, Raquel, Bernardo, Afonso, Lídia, Fátima, Maria Laurinda... e por aí adiante... mas por alguma razão as pessoas decidiram implicar com o Bráulio. O problema é que isto já se tornou uma questão social. Mais que o aumento da idede da reforma, mais que as aulas de substituição, mais que o pagamento dos internamentos, os portugueses estão preocupados com a identidade do Tubarão. Pensem... o Tubarão esteve no Oceanário (Deduzo que lá fosse um entre muitos.), esteve no lançamento da nova colecção da Martins de Mello, mandou um colar a Mónica para ela utilizar nas comemorações do dia do Fim de Fausto.
É uma capacidade brilhante do senhor Rui Vilhena, sempre que escreve uma novela, agarra mais que as idades das reformas e etc... acho que o povo português nunca mais foi o mesmo depois de descobrir que quem matou o António foi a Guida! E agora querem saber se o Bráulio é o Tuba...
Não sei... sigo vagamente a novela, principalmente ás Sextas Feiras, porque durante a semana, eu e os meus roomates acabamos por n0s esquecer, entrte a programação do AXN ou do Hollywood, mas a minha aposta vai para a Beatriz... só porque tem charme.

quinta-feira, 6 de julho de 2006

Morangos com Bolor



Há aquelas músicas que uma pessoa ouve e dá por si mesma a pensar, alto ou baixo, ou sem voz, mas a pensar
“_Vou fazer uma loucura!”
e eu hoje estava a ouvir “Black Rooster” dos The Kills, e pensei para mim mesmo, em segredo
“_Vou fazer uma loucura!”
e fiz mesmo. Então, deixei-me ver os Morangos com Açúcar.
Antes de mais, eu só gostava de fazer um pequeno parêntesis, sobre o Director Geral, o senhor José Eduardo Moniz, que é uma pessoa muito, muito, muito, muito modesta, adoro ver a forma humilde (E principalmente realista) como ele comenta os programas da TVI. (É pena não se poder ver a minha cara de ironia neste momento.)

Então, era a chegada a hora, e eu, com as mãos a tremer de medo, a suar, a olhar discretamente para todos os cantos (Não fosse alguém perceber o que eu estava a ver, seria o meu fim), a pôr a televisão baixinha, só com som suficiente para eu ouvir a voz dos actores (Ou imitações de actores, na maior parte dos casos) e a banda sonora (Um pormenor importante). Os segundos passam, sucedem-se sem pudor, tornam-se minutos, e, em pouco tempo, a série vai para o ar.
Já uma notinha muito negativa para a música do genérico (Mas quem é que escreveu aquilo? Foi por acaso um dos letristas da Claudisabel? Ou terá sido o da Romana? Bem, suponho que até esses escrevem melhor!) porque aquilo não tem nem pés, nem cabeça, nem tronco, nem braços, nem pernas (E as pernas são uma parte muito importante). Enfim, uma treta sem jeito nenhum.

No geral, tenho a dizer umas coisinhas muito más sobre a série. Verosímil? Penso que não. Aquilo é sim uma forma previsível e exagerada de retratar os adolescentes, que parece baseada ou num daqueles livros típicos de senhores e senhoras que pensam que sabem tudo sobre a faixa etária em questão, mas na verdade não sabem nada; ou então numa meia dúzia de exemplares da idade: pegam-lhes na vida e põe ali, como se fosse a vida de todos os adolescentes. (Por favor, eu tenho quase 17 anos, tal como a maior parte dos meus amigos, e nenhum de nós se comporta ou age daquela forma, e somos mesmo MUITOS- só da minha turma somos 30!)

Outro facto: aqueles personagens têm uma sorte de invejar! Não têm pais, nem encarregados de educação, nem nada do género, ninguém a quem justificar as irresponsabilidades que comentem em catadupa. Não há pais que se zangam, que os castigam, que os obrigam a estudar, a trabalhar… enfim, é tudo tão fácil quando somos nós os únicos responsáveis pela nossa pessoa.

Mais um: a história não é sempre a mesma? É que eu acho que sim. É sempre um rapaz/rapariga quem tem respectivamente uma namorada/ namorado, e depois chega outra rapariga/ rapaz, que lhe dá a volta á cabeça. O rapaz/ rapariga acaba a relação actual para se juntar a quem lhe deu a volta á cabeça, e a/o ex. despeitada/o empenha-se a 100% em fazer-lhe a vida negra.
Ora veja-se:
Na primeira série, a Joana namorava com o Ricardo. O Pipo chegou do Porto e deu-lhe a volta á cabeça. Ela acabou tudo com o Ricardo e juntou-se ao Pipo. Depois o Ricardo arranjou outra amiga (A actriz era a Filomena Cautela que agora está simpaticíssima na MTV- assim já gosto dela) para as tropelias e começaram a fazer a vida negra ao Pipo e á Joana.
Na segunda série, o Simão namorava com a Carlota. A Ana Luísa chegou com uma bolsa de estudos e deu-lhe a volta á cabeça. Ele acabou tudo com a Carlota e juntou-se á Ana Luísa. Depois a Carlota arranjou outro amigo (O actor era o Hélio Pestana que agora está a braços com o papel complicadíssimo de um alcoólico em “Dei-te Quase Tudo) para as tropelias e começaram a fazer a vida negra ao Simão e a Ana Luísa.
Na terceira série, tiveram o cuidado de mudar um pormenor ou outro. É que a ex maluca surge no seguimento de uma separação do grande amor. Ou trocado por miúdos: o Tiago e a Matilde amam-se muito. Depois separam-se. Ele começa a andar com a Cláudia. Acabam. E a Cláudia começa a fazer tudo para manter o Tiago separado da Matilde. Entretanto ela desiste e eles juntam-se de novo. Mas, como quem se ama, neste folhetim sem jeito nunca pode ter descanso agora surge uma tal Isabel que os está a tentar separar.
Não é tudo estranhamente parecido???? Eu acho que é.

Continuando nos funny facts:
Não é incrível como os únicos bons actores da série são os veteranos? Ora vejamos, a Ana Zanatti, a Paula Neves e a Sónia Brazão. E se quisermos ir ás épocas antigas, Helena Isabel, Vasco Esparteiro, Dalila Carmo (Actualmente a vestir a pele de uma bêbada em Tempo de Viver- está fantástica), Rita Salema, Carlos Mendes, Joana Seixas (Num papel muito ingrato, ainda assim), Sofia Grillo (Bem, como sempre), Almeno Gonçalves (Mal aproveitado), ou uma (Inexplicável presença de) Lurdes Norberto.
Os actores jovens são na sua infeliz maioria uns tristes sem um pingo de talento, que têm a sorte de terem uma cara e/ou um corpo bonito(s). O problema é que caras bonitas, há muitas, e o que está hoje da moda, amanhã já é do dia anterior.
E estranhamente, todos os jovens actores que passaram pelos Morangos tiveram aí as suas piores prestações, recuperando depois em trabalhos posteriores:
Liliana Santos (Brilhante no papel de Isabel Albuquerque) e Benedita Pereira em Ninguém Como Tu, Hélio Pestana e Marta Melro em Dei-te Quase Tudo, Pedro Teixeira, Ana Guiomar e Dânea Neto em Tempo de Viver e João Catarré e Patrícia Candoso em Mundo Meu (Aquela que se passava no Algarve...). Tenho que salvaguardar aqui duas pessoas:
Rita Pereira como uma excepção muito positiva, já nos Morangos mostrou como é uma excelente actriz, o que confirma agora com um papel muito medíocre, mas boa interpretação em Dei-te Quase Tudo.
E Cláudia Vieira: Infelizmente, voltei a vê-la em televisão a representar (Em “Fala-me de Amor”), e “infelizmente” porque convenhamos que ela estava muito mal, mesmo para os Morangos com Açúcar. Enfim, depois de a ver encarnar tão vergonhosamente o papel de Ana Luísa, vai ser difícil fazer-me acreditar que ela saiba representar (Vai ser preciso um papel muito muito muito muito bom…)

Mais: é impressão minha ou três quartos dos personagens são tão inconsequentes que se tornam perfeitamente dispensáveis???
Os meus exemplos preferidos: aqueles quatro besugos, o David, o Zé Milho, o Ruca (Principalmente o Ruca) e o Tópê eram para quê? Para nada. Não havia uma simbologia por trás deles (Mas isso não me surpreende, não há simbologia por trás de nenhum personagem aqui), não havia nada de importante neles, estavam ali para fazer render o peixe: formavam uma banda com nenhuma qualidade, mas sucesso garantido, e dessa forma promoviam a série. Assim sendo, andavam para ali dum lado para o outro, com a mania que eram grandes cantores (No irritante caso do irritante Angélico Vieira, a exibir o corpo também, como se faltassem por aí rapazes que vão ao ginásio) e a encher elenco.
FF, aquele fantástico cantor (Esqueci-me de avisar que sofro da Síndrome da Ironia Constante- deve ser de ouvir o “Ironic” da Alanis Morissette desde os nove anos) é igualmente um personagem previsível e sem interesse
Também o Ed, o Link, o Jota e o Sérgio (Nomes lindos, não haja dúvidas) estão ali para o mesmo efeito, têm igualmente a mania que são grandes músicos, e a música é (Supreenda-se) desprovida de qualquer qualidade.
Mas nem só a cantar são metidos os personagens inúteis, e nem só inúteis são esses personagens. Mimi podia desaparecer (Ainda que Jéssica Athaide mereça uma nota positiva, porque não é qualquer actriz que encarna uma personagem tão enervante), o Manel também podia eclipsar-se (Aquela falsa rebeldia vê-se á distância), a Bia idem aspas (os desesperos dela são desesperantes), o Cristiano (Ainda que o personagem não seja dos piores, também não acrescenta nada), a Catarina (Além do sotaque exasperante, ninguém muda de estilo e aspecto com aquela rapidez, e é das piores actrizes que por ali anda) e o próprio Gil não faz falta alguma (Uma ridicularização dos gordos, eu recusar-me-ia a interpretar tamanha auto-humilhação, eu sei do que falo, que já fui gordo, e nunca me portei daquela forma).

Continuando a desencantar os defeitos da “série juvenil” tenho que falar da banda sonora.
Como é que se consegue fazer SEMPRE uma banda sonora com escolhas tão más?
(Tenho que resguardar o “Shine On” dos meus Blind Zero, mas fora essa, não se consegue resgatar uma única boa canção para amostra.)
Ainda me lembro de quando eles passavam o “Lena” ou o “Hip Hop (Sou Eu e És Tu)” do Boss AC (Deplorável), ou ainda Belinda More, Edyta, Daniel Bedingfield, O-Zone, Blue, Kevin Lyttle, Denzel, Marieke, Paranormal, Os Moleques, Orishas, Gutto, Mito, J-Five, Daddy Yankee, Expensive Soul, Projecto X… quero dizer… enfim, quem é que não fica surdo a ouvir tanto lixo junto… felizmente, é junto, e não muito junto, porque os nomes acima referidos são exemplos contidos ao longo das seis séries que se sucederam nos últimos anos.
Também á nível de música, há que frisar alguns nomes:
Uma Melanie C com um (Comestível) “Better Alone”, acaba por sem querer, sobressair, não pela qualidade da sua canção, mas pela falta de qualidade das outras.
Uma Anna Sahlene muito promissora com “We´re Unbreakable” e “Creeps”. Ainda que não simpatize muito nem com esta loirinha, nem com a música que ela canta, reconheço que está ligeiramente acima dos restantes nomes da banda sonora.
Os Deep Insight, com “Hurricane Season” que consegue ficar á parte (Junto ao “Shine On”) das outras canções, na segunda série.
Os Fingertips que se arriscaram muito ao verem “Picture Of My Own” integrar a segunda série, ao lado de Blue, Skye Sweetnan, Patrícia Candoso e Milénio.
Uma Rita Guerra na primeira série, com “I Thought You Would Leave Your Heart With Me”, ainda que desligado de tudo o resto que esta cantora portuguesa já cantou.
Mas o maior destaque tem que ir para uma rapariga chamada Diana, que eu não sei quem é, mas que canta MUITO bem (peço desculpa, mais uma vez fui atacado pela minha Síndrome). É que ainda que a menina só cantasse mal… o problema é também o que ela canta. Fica aí uma amostra de “Apenas Um Amigo (Tu és)” para que se perceba do que eu estou a falar:

Ó baby estás enganado
Não sonhes mais acordado
Gostaste e eu também
Mas não procuro ter ninguém
Adorei sair contigo
Mas não passas de um amigo
Foi tão bom, tão bom, mas não quero compromisso

Muito bonito, não é? Aposto que depois disto o João Monge e a Sarah McLachlan vão deixar de escrever letras para canções, ao verem como ficam pequeninos, aliás, minúsculos ao lado deste masterpiece do Boss AC e de um/a tal A. Arcada para esta rapariguinha com uma histérica voz mistura de Kelly Clarkson com Spice Girls. Aliás, cantoras como Kátia Guerreiro, Mísia, Mariza… vão começar a encomendar as suas letras aos autores deste “Apenas Um Amigo (Tu És)”, abandonando assim António Lobo Antunes, Vasco Graça Moura, José Luís Peixoto, Pedro Campos, Sophia de Mello Breyner Andresen ou Fernando Pessoa (Hoje estou que nem posso da minha Síndrome).

Em conclusão, o que eu tenho estado a tentar dizer: só o Rui Vilhena é que sabe como é que se escreve uma novela. Ninguém Como Tu e agora Tempo de Viver são as melhores provas. E não é só estarem bem escritas. A nível de direcção de actores e tudo isso… estão muito acima da média. E isto é para mostrar que eu sei fazer mais coisas do que criticar. Senão ainda me vêem como um seguidor da filosofia do Vasco Pulido Valente, e eu não quero muito… enfim, eu sei falar bem (Ainda que me custe apoiar palavras do senhor José Eduardo Moniz…)

Mais umas rectificações antes do final ou (Como diriam os meus Placebo) the bitter end:
Acho uma piada aos dias em que “por acaso” aparece por lá um cantor ou uma cantora! A sério, não é impressionante? Um belo dia, uns minutos após o sol-pôr, quem é que aparece no Bar do Fred (Que nome fantástico, não haja dúvidas)? O Daniel Bedingfield. Mas isso é normal… ele ia a passar pela Praia Azul e lembrou-se
“_Olha, vou ali tomar um café ao Bar do Fred…”
e foi. E depois entrou e apareceu a mal-criadona da filha do Fred e pediu-lhe que cantasse e ele cantou. (Esqueci-me de referir o péssimo exemplo que personagens como a Teresinha constituem… Essa é que devia ser minha filha. Não me falava assim, de certeza absoluta).
Muito bonito.
E as Sugababes? As Sugababes também passaram por lá, na altura do Bar dos Rebeldes.
Elas iam também a passear por Lisboa, como fazem provavelmente todos os dias… e de repente, diz a Keisha
“_Estou cansada, dormi pouco, estou com sono.”
e a Heidi responde
“_Não te preocupes, vamos aqui ao Bar dos Rebeldes e tomas um café…”
e lá foram elas as três, e depois cantaram.
Assim como o vocalista dos Simply Red, que também passou pelo Bar dos Rebeldes. Ele estava na casa dele, e lembrou-se
“_Já sei. Vou tomar um café ao Bar dos Rebeldes.”
e lá foi ele até ao bar do Rafa cantar e tomar café…
Enfim.

E mais uma coisinha:
Depois desta série POR FAVOR não façam mais nenhuma… é que já chega de nadar na mesma pocilga… (É que eu ouvi uns murmúrios preocupantes que diziam que este projecto se vai arrastar por mais uns 7 anos e fiquei logo sem sono…)

Por último: um agradecimento á minha irmã, que me forneceu os dados [CD´s, revistas, nomes de personagens e lugares, resumos do enredo…] todos para dilacerar a imagem de uma das suas novelas preferidas. Obrigado.

terça-feira, 23 de maio de 2006

Barbies, Nenucos e Afins

Feliz ou infelizmente (a minha queda é mais para a existência do prefixo) estamos longe do Natal, ou daquela época a que os católicos praticantes gostam de chamar o advento. Logo, não temos que ser plasmados com toda a quela publicidade estúpida de Nenucos e Barbies e Kens e coisas do género.É que isso a mim impressiona-me muito.Por exemplo: como é que a Barbie nunca parece ultrapassar os vinte e poucos anos e tem tantas profissões? Ela é médica, veterinária, mergulhadora, bióloga, e ainda tem tempo para as causas nobres como ser amiga dos animais? Qualquer pessoa normal precisaria de pelo menos 40 anos para fazer esses cursos todos e ainda ter tempo para pensar nos animaizinhos! E logo a Barbie, com aquele aspecto de loira burra (sem ofensa para as loiras) é que é a sobredotada que conseguiu fazer tudo ao mesmo tempo? Sinistro...Já por isso não me surpreende que o Ken não faça nada senão aparecer ao lado dela, qual tia do pseudo jet set! É normal. Com o dinheiro todo que entra na casa só com os 5000000 ofícios da Barbie, não há marido que precise de trabalhar, bem pode ficar em casa a ver Sport TV (o Ken tem todo o aspecto disso) ou a ver filmes.Outro ser impressionante é o Nenuco, que nunca cresce! É incrível. A minha irmã tinha Nenucos quando era pequena, e já fez 14 anos e o Nenuco continua a aparecer na TV com a mesma idade e o mesmo ar impassível. E pior: é incrível como fazem tanto escândalo só porque ele consegue fazer chichi ou porque consegue dizer mãmã e papá!!! Quer dizer... quem é a criança que não faz isso? Se fosse tocar saxofone, dizer interdisciplinariedade, declamar Fiama Hasse Pais Brandão ou entender o que significou em termos políticos o desastre de Chernobyl.... eu ainda admitia o alarido, mas assim... por favor...