o teu rosto transformou-se na noite interminável
que atravessa cada tarde, cada tarde, cada tarde
interminável.
o rio de fumo que levava o teu nome para as
estrelas desapareceu dentro de dentro de dentro
da minha tristeza.
e o teu rosto era tudo o que tinha. e o teu nome era
tudo o que tinha. tu eras tudo. tudo. e tudo é agora
mais que tudo.
JOSÉ LUIS PEIXOTO, "A Casa, A Escuridão" 2002
Imagem: NAN GOLDIN
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