sexta-feira, 4 de abril de 2008

The Editors no Coliseu do Porto

SE DEUS EXISTISSE TERIA INVEJA

Ainda que o concerto dos Editors no Coliseu do Porto estivesse marcado para as nove, só ás dez é que os quatro elementos da banda entraram no palco, não sem uma banda a fazer a primeira parte, e sem os habituais atrasos abusivos no que toca a montar o palco. Mas a espera valeu mesmo a pena, e isso fica claro logo que entram, a começar com "Camera". Depois desta, e quase sem pausa, o pano preto cai, revelando um pano com uma enorme estrutura circular, imagem do novo álbum, que começa agora com "An End Has a Start".



Pelo resto da noite, alternando entre os temas dos dois álbuns, os Editors acabaram por tocar não só nos seus momentos mais marcantes, como também pelos melhores: os mais agitados e frenéticos "Blood", "Escape The Nest", "Lights", "Munich", "All Sparks", "Bones", "Fingers In The Factory", "Bullets", "Bones" sempre com uma energia que o vocalista impingia com sucesso, e outras mais intimistas como "When Anger Shows", "The Weight Of The World" (Em que Tom Smith brilha também no piano.),"Push Your Head Towards The Air", além da cover de "Lullaby" dos Queen, onde se criava uma espécie de atmosfera mais tensa, mas também mais densa. De qualquer forma, as coisas foram correndo sempre na perfeição sobre o palco, ainda que não compreenda aquela tentativa (Felizmente frustrada.) de mosh algures no final do concerto...
Para os encores ficaram os singles "The Racing Rats" e "Smokers Outside The Hospital Doors".
Devo confessar que o concerto dos Editors me surpreendeu. Gosto muito da banda, mas de facto, em palco são muito mais poderosos do que se possa pensar. Pecam apenas por serem pouco comunicativos. Tom Smith agradecia, em português e em inglês, ia dizendo aqueles "good evening"... mas não ia mais adiante. Fora isso, tentava chamar pelo público, pedia palmas, punha-se de pé sobre o piano, saltava pelo palco, etc. Devo dizer que este concerto é também uma raridade, pois o público nem parecia português: conheciam as canções, cantavam-nas, enfim, nao se estavam ali a estrear, não eram do tipo que achou que "Smokers Outside the Hospital Doors" até é gira e vão para ouvir essa. Não é coisa que eu veja muito nos concertos onde vou.
No final, fica aquela sensação muito agradável de que queríamos mais, o que quer dizer que acabámos de assistir a um grande concerto.


Veredicto: 20/20

2 comentários:

BE disse...

o teu texto foi muito (EMO)tivo, mas acho que está bonito. nao sabia que a nita tinha ido po exilo, sempre achei que ela era esquizofrenicazita porque, coitada, é a Nita, mas o que se pode fazer? olha tenho-te a dizer que os anos da xana (uma amiga minha) foram desgastantes. fui ao buddha só para mijar e vi a maya e tava tao cega que qis falar com ela mas o segurança nao me deixou... tenho algumas historias engraçadas relativas a sexta, tenho que te contar tambem. vou beber cola e fumar LM. lamb you

Anónimo disse...

Ao que tudo indica, Brandão será o novo director da Casa da Música do Porto. A coisa deve estar por dias ou horas. Nessa altura já será tarde para segurar “o melhor programador nacional” no Circo. Ai Portugal, Portugal… Ai Braga, Braga… Viva o Porto.