terça-feira, 8 de março de 2011

Um poema


Quando passam sonâmbulos ímpetos que me afloram a vontade é uma ânsia infinita das palavras que não solto.
E não tenho sons tangíveis, nem certezas a predicar: só a consequência firme do muito que tenho para dar; loucura imperceptível, até nos sons remendados com palavras do quotidiano, insatisfeito da aprendizagem que urge reter, para acelerar a hora do meu tempo.


Helga Moreira
Cantos de Silêncio
1978, ed. autora
pintura de Walter Richard Sickert

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