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Turva hora onde
Principia a noite
E o dia se esconde
Hora de abandonos
Em que a gente esquece
Aquilo que somos
E o tempo adormece
Nevoenta hora
Hora de ninguém
Em que a gente chora
Não sabe por quem.
E tudo se esconde
Nessa hora onde
Por estranha magia
Brilha o sol de noite
E o luar de dia.
Principia a noite
E o dia se esconde
Hora de abandonos
Em que a gente esquece
Aquilo que somos
E o tempo adormece
Nevoenta hora
Hora de ninguém
Em que a gente chora
Não sabe por quem.
E tudo se esconde
Nessa hora onde
Por estranha magia
Brilha o sol de noite
E o luar de dia.
Natália Correia
Rio de Nuvens
1947, ed. autora
pintura de René Magritte
2 comentários:
tão belo e simples este poema da Natália Correia...
escrito aos 16 anos, vê lá tu!
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