Que aguarda na fronteira de um horizonte distante
E somos todos estranhos nesta global ilusão
A querer e a precisar de um paraíso impossível
Perseguindo sonhos que logo escapam para o oceano
A miragem à frente diz que podem ser livres
Perdemo-nos no delírio, afogamos a razão
Levada pela corrente de ambições egoístas
Assustados, envergonhados e com medo da culpa
As perguntas berram-se, as respostas escondem-se
A doença cresce, condição distraída
Consegues sentir o nojo, farejar a confusão
Deitado a enlouquecer, encharcado na chuva
A drenar o céu de culpa e de vergonha
O pesadelo está a chegar, as nuvens a descer
Puxadas a dois mil metros por segundo
A arranhar paredes que se me escapam entre os dedos
A escuridão consome, colapsa e rompe
A destilar paranóias que escorrem pelas paredes
A preencher as rachadelas com chamamentos murmurados
As trevas formam-se, trazem prenúncios
Rastejando por aí às quatro da manhã
Minto a mim mesmo, começo de novo
Mas estou a perder-me no medo de viver
A liberdade é só uma alucinação
Que espera na fronteira dos lugares onde se vai quando se sonha
No fundo dos motivos, a trair os sentimentos
Os erros que cometi rasgam-me a consciência
Danny Cavanagh (Anathema)
tradução-livre de Sadsamson
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