As planícies de fogo morrem,
são uma arte simples.
Os peixes são de dezembro
assim como as colunas que nascem da água.
Porque chove no corpo concreto.
Nas mulheres existe o vidro
e o cetim que nasce do esquecimento,
o ar é nu, sofre,
diz ao longo dos meses os teus cânticos triláteros,
é uma arte simples.
Os aluviões surgem das montanhas,
as folhas transformam-se e secam
quando se acendem as luzes das campas.
As aves e as asas das aves
têm nos teus seios um equilíbrio exacto,
lavam-se no teu corpo,
morrem,
são uma arte simples.
Jaime Rocha
Beber a Cor
1985, ed. &etc
pintura de Vanessa Chrystie
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