segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Um Poema



Quando em noites de insónia acontece pensar naquilo que éramos e nos vem à memória uma ou outra imagem feliz, subitamente ficamos conscientes da vertigem do tempo. Nessas noites entro em mim própria e procuro saber qual a razão que me fez tomar certa atitude, o que me leva a escrever e ficar dependente das palavras. Penso no poema onde a sobrevivência pela escrita é possível. Escrever é como estar vivo; existe o apelo abísmico e a luz do sol.




Isabel de Sá
Escrevo Para Desistir
1988, ed. &etc
desenho de Ângelo de Sousa

2 comentários:

Graça Martins disse...

um poema certeiro, como todos os poemas da Isabel. A lucidez que arrepia de tão lúcida...

Supermassive Black-Hole disse...

é verdade.