Quando em noites de insónia acontece pensar naquilo que éramos e nos vem à memória uma ou outra imagem feliz, subitamente ficamos conscientes da vertigem do tempo. Nessas noites entro em mim própria e procuro saber qual a razão que me fez tomar certa atitude, o que me leva a escrever e ficar dependente das palavras. Penso no poema onde a sobrevivência pela escrita é possível. Escrever é como estar vivo; existe o apelo abísmico e a luz do sol.
Isabel de Sá
Escrevo Para Desistir
1988, ed. &etc
desenho de Ângelo de Sousa
2 comentários:
um poema certeiro, como todos os poemas da Isabel. A lucidez que arrepia de tão lúcida...
é verdade.
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