Correste depressa demais
na ânsia de tudo alcançar
Mas por entre os dedos se escoou a vida
nem saudades nem rancores ficaram
Nada viste nada sentiste
e em tudo um sabor a fastio
Papéis amarfanhados
palavras inacabadas
lixo...
E para quê tanta sofreguidão?
Só ficarás perante as trevas
frente ao mistério inexplicável
e nem um ombro firme onde te apoiares
só ficarás perante ti
HENRIQUE RISQUES PEREIRA
Transparência do Tempo (poesia)
2003, ed. Quasi
fotografia de SLAVA MOGUTIN
1 comentário:
muito bom o poema e a foto do Slava.
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