domingo, 23 de março de 2008

Final Examination de Fred Olen Ray

O REPROVADO

Quando John Carpenter realizou "Halloween" em 1978, digo eu que não imaginaria o que, alguns anos depois comeariam a fazer com essa ideia dos filmes sobre "serial killers". Arrastado pela lama, esse subgénero de filme de terror teve alguns picos de qualidade: "Scream" de Wes Craven que funcionava como uma crítica tambem á repetição da fórmula e "Mitos Urbanos" de Jamie Blanks que primava pela história mais do que por outra coisa qualquer. Isto exluindo "Sexta Feira 13" e "Texas Chainsaw Massacre", filmes arruinados pelas sequelas e pela exploração ridicula dos seus assassinos. Jason Vorhees é agora motivo de gargalhadas em vez de arrepios de medo...
"Final Examination" de Fred Olen Ray é um desses filmes que mergulha na vergonha o conceito do serial killer.



Um detective de Los Angeles é enviado para o Hawai por ser demasiado "louco" a resolver os seus casos com dealers de cocaína. Supostamente num local com menos agitação, depara-se com um serial killer a assassinar um grupo de turistas recém-chegados.
Quem fizer tenções de ver o filme, coisa que não recomendo, a não ser que se queiram rir, não deve ler o resto da crítica, uma vez que me vejo obrigado a fazer referência ao final.
A primeira sequência do filme é o suicidio de uma teenager típicamente americana.
Depois vemos um grupo de mais teenagers com um aspecto ainda mais insultuoso (Do genero cilicone por todos os centimetros, cabelos loiros pintados, riso histérico e de uma conversa a deixar o fútil a perder de vista...), e o namorado de uma delas, com o aspecto típico de um surfista (Eu diria que é surfista da banheira, mas isto é uma opinião pessoal.). A namorada deste sujeito é a primeira a morrer, numa cena que prima pela falta de jeito.
A estas coisas, juntam-se outros elementos típicos do filme fácil: sexo com particular atenção aos corpos esculturais, uma terrível cena no chuveiro que deixaria Hitchcock insultado, mortes em cenários improvaveis, com contornos improvaveis e exibicionismo qb, para que não haja dúvidas de que se trata de um slasher movie americano recente. O amor que começa a despontar entre o nosso detective e a sua colega, igualmente típico, também marca pontos.
De facto, típico é a primeira palavra que se associa a "Final Examination". Tudo é típico, tudo é vulgar.
Depois, ha outra palavra que também se aplica, mas só depois de se ver o final: insultuoso:
Não há um assassino, há três, e são todos irmãos da rapariga que s suicidava, e por um motivo, diga-se, muito estúpido.
É uma abundância de Kinkades (O aplido da família da rapariga e dos irmãos assassinos.) que não se vê em qualquer sítio. Nem num filme tão palerma como "Sei o Que Fizeste no Verão Passado" nos mostravam uma resolução tão estúpida, que nos deixa a sentir um nervosismo que provavelmente advém do facto de estarem a atentar contra a nossa inteligência.
Resultado: um filme muito, muito mau. Razões para vê-lo:
a) se estiverem a precisar de umas boas gargalhadas
b) se não acreditarem que é tão mau como estou a dizer
c) se quiserem um pseudo-erotismo desinteressante tipo "Marés Vivas"
d) se gostarem de filmes rascas sobre assassinos que nunca poderiam ser reais.
Caso contrário, a sério, não vejam.




Veredicto: 5/20

4 comentários:

Mr. Lynch disse...

Supermassive Black-Hole;
Parabéns pelo blog.
Pelas obras que aqui expões, depreendo que tens muito bom gosto.
Parabéns
Mr. Lynch

Anónimo disse...

Ahahahaha !!
Kincaid !!! O filme nao vale mesmo nada...
Passo a citar : "I'm sorry" e ele morre...

Kristel

Anónimo disse...

Que filme mais podreeeeee !!!!

Kincaid !!!

Supermassive Black-Hole disse...

_DO YOU KNOW WHAT´S MY NAME??? KINCAID!!! KINCAID!!!

_I´m sorry

(depois, realmente, morre, e de uma forma muito pouco credivel)