Pode o filme não ser brutal, pode ter muitas arestas por polir, mas há que dar crédito a Luís Pedrahita e Rodrigo Sopeña porque o seu primeiro filme é, na realidade, um excelente início.
“La Habitacion de Fermat” parte de uma premissa simples: quatro matemáticos respondem correctamente a uma carta de apuramento para irem passar o fim-de-semana a tentar resolver ao que o enigmático Fermat, autor da carta, chama “o maior mistério matemático de sempre”.
Ao chegar lá, os matemáticos vêem-se encurralados na sala que começa a encolher á medida que levam demasiado tempo a resolver os enigmas que lhes são enviados por PDA.
Lentamente, começam a aperceber-se das ligações que existem entre si.
Ainda que esta premissa nos possa remeter intuitivamente para o díptico de “Cubo” e “Hipercubo”, “La Habtacion de Fermat” não envereda por esse caminho, nem pouco mais ou menos.
Á primeira vista, no filme, há um abuso insultuoso da coincidência, mas, na realidade, a resolução do filme vai mostrar-nos que não há coincidências, pelo menos aqui. Também uma reviravolta no final, relacionada com o facto do protagonista ter resolvido o enigma de Goldbach (Sem resolução há 250 anos.) vem acrescentar alguma credibilidade á história.
O argumento está bem conduzido, a realização arrisca pouco, mas ainda arrisca, alguns planos estão francamente mal concebidos (Ver um acidente de carro de cima não é uma boa ideia, é irreal e óbvio.)
Algumas partes do filme desenrolam-se muito depressa, o que nos vem mostrar, ou pelo menos a mim, que matemática não é mesmo a minha área.
Enfim, estes cineastas prometem mais, eu acredito. Gostei do filme, não o adorei, recomendo, e fico feliz por vê-lo no Fantas.
Veredicto: 16/20
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