quinta-feira, 6 de março de 2008

Killer Condom de Martin Walz

PROTECÇÃO PERIGOSA

É muito, muito, muito frequente em cinema que uma comédia boa seja um filme mau. Ir pelo caminho do humor intelectual de Woody Allen ou Almodovar pode originar grandes filmes (E origina.) mas origina também uma má recepção por parte do público.



Martin Walz envereda pelo caminho de um humor mais fácil e até brejeiro neste "Killer Condom". A premissa baseia-se nos comic books de Ralf Konig: uma manhã, a polícia é invadida de queixas de homens a quem foram arrancados os órgãos sexuais. O detective Luigi Mackeroni é chamado para vir resolver o caso. No decorrer das suas investigações, que começam no hotel onde trabalhavam as prostitutas acusadas do crime, envolve-se com Billy, um prostituto, mas antes que consigam fazê-lo sexualmente, um preservativo munido de dentes arranca um testículo a Mackeroni.
Agora envolvido pessoalmente no caso, Luigi acaba por chegar á origem destes seres que se revelam na realidade astutos projectos de engenharia genética.
O que estraga o filme, no entanto, não é a história, mas sim a excessiva normalidade com que esta é contada. Quando uma personagem diz qual é o voo em que Jesus Cristo chegará a New York isso é como dizer qual é o dia da semana em que estamos.
Além disso, algumas imagens surgem por via do facilitismo. Podem fazer rir o público, mas só pioram em termos técnicos o filme, que é um dos mais medíocres que tenho visto.
A realização é normal, por vezes um pouco parada, ao longo de filme, encontram-se também cenas em que é demasiado óbvio que tudo é encenado. Peca também pela apresentação esteriotipada de certos personagens como o travisti Bob/ Babette.
Sem ser um filme pertinente, vale pelo que vale, é um amontoado de risos acumulado num filme dispensável.




Veredicto: 9/20

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