Isto de prémios é assunto que, regra geral, me interessa pouco, provavelmente porque, regra geral uma vez mais, os considero entre mal entregues e muito mal entregues. Por exemplo, a entrega do Prémio Fernando Namora, em 2011, a Gonçalo M. Tavares, quando, de entre todos os finalistas, se contava apenas um verdadeiro escritor e um verdadeiro grande livro, que era o 'Adoecer' de Hélia Correia. Nunca sei muito bem se estas minhas opiniões terão algum fundamento mais que o pessoal, mas o facto é que raramente um prémio literário me parece bem entregue.
Não é caso, devo admiti-lo, do Prémio D. Dinis da Casa de Mateus, entregue esta semana a Maria Teresa Horta, pelo romance 'As Luzes de Leonor'. O que tinha a dizer sobre o romance, já o disse aqui, mas não podia deixar de assinalar o momento em que Maria Teresa Horta que, a meu ver, muito injustamente tem sido deixada de lado no que a prémios e reconhecimentos diz respeito, é finalmente galardoada com um prémio importantíssimo como é este e que mais não faz do que dar o seu a seu dono, neste caso, a sua dona.
'As Luzes de Leonor' é certamente um dos momentos mais importantes de 2011, um romance que convém não deixar escapar e que vem muito adequadamente juntar Maria Teresa Horta a uma lista de laureados que, desde 1980, inclui Agustina Bessa-Luís, Maria Velho da Costa, José Saramago, Fernando Guimarães, Maria Gabriela Llansol, Luísa Costa Gomes, Sophia de Mello Breyner, Joaquim Manuel Magalhães, Eduardo Lourenço, Fiama Hasse Pais Brandão, Lídia Jorge, António Lobo Antunes, Gastão Cruz, Hélia Correia, António Franco Alexandre e João Barrento, entre muitos outros.
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