Estava sempre em riscos de se matar, e João Pinheiro (que ele tratava sempre por tio, porque, dizia, assim não sofreria traumas edipianos) esperava a todo o momento a notícia de uma fatalidade.
_É um doido -dizia, não sem uma ponta de orgulho. Todos os pais sentem pelos filhos delinquentes a predilecção que se tem pelo perigo não de todo indomável.
de "Prazer e Glória" (1988)
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