caminhamos por entre batalhas
elucidados
somos do tamanho de tudo.
no cadeirão nocturno dorme o carneiro astracã
uma estrela de anis mergulha no seu copo.
desviado.
é à minha perseguição que me prendo
ao morangueiro fresco da minha boca
no cerimonial agora sem palavras
no exagero
céu doente de borbulhas como o corpo dos bebés vermelhos.
oculta canção da cama
cortejo na rua
cadela carmim bamboleante como cerejas nas árvores do frio.
falas através do triângulo dourado da barba (rafalas)
difamando prudentemente a existência despistamos as vocações.
diferença diferença
todo o desenho e dose das dunas.
ponho as mãos no fogo como os pastores do progresso.
dos frutos e da diferença.
Regina Guimarães
Abaixo da Banalidade, Abastança
1980, ed. Hélastre
desenho de Ângelo de Sousa
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