sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

The Tatooist de Peter Burger

ONDE É QUE EU JÁ VI ISTO?




Muitas vezes acontece, em cinema, em literatura, em pintura…, ou seja, na arte, que algo resulte bem enquanto peça individual, mas que resulte nalgo fraco por vir repetir ideias que já muitos outros exploraram.
Quem se lembra de “The Ring” em que uma cassete de vídeo fazia proliferar uma maldição, por exemplo?
The Tatooist” tem a mesma sinopse, mas em vez de se tratar de uma cassete, trata-se de uma tatuagem.
Jake é um tatuador que numa das suas viagens rouba uma ferramenta de um grupo de tatuadores de Samoa. Mais tarde, acidentalmente, corta-se com ela. No momento em que roubara a ferramenta, também se apaixonara por uma rapariga dessa tribo. Portanto, decide procurá-la para lhe devolver o objecto roubado. Para a encontrar volta a trabalhar numa loja de tatuagens onde trabalhara há um ano atrás.
A certa altura, as tatuagens que fazia começavam a crescer, até que a pessoa morria. É quando se apercebe que o corte que tem na mão, feito pelo instrumento roubado, amaldiçoa as tatuagens que faz.
O filme é salvo pelas referências culturais (A Samoa e á tradição das tatuagens.) que sempre ajudam a retirar alguma predicabilidade, que se faz sentir nos cenários e nos personagens. Jason Behr, o protagonista, foge um pouco á regra, pelo ar lacónico e pelo aspecto entre o bem intencionado e o bad boy. As tatuagens que o filme mostra são também de muito mau gosto, do mais esteriotipado possível.
A realização de Peter Burger não arrisca um único milímetro além do previsível, fazendo uso de planos muito utilizados (O plano contrapicado que mostra o carro a chegar, e desce mostrando a placa da loja e por fim o carro a parar e Jason Behr a sair do carro.), e sem nenhuma preocupação em surpreender.
Alguns diálogos são irrealistas, sem dúvida, parecendo ser canalizados não para tornar o filme credível, mas para o tornar mais rápido.
O desfecho do filme é interessante, com algumas cenas potencialmente comoventes, filmadas da forma apropriada.
Ponto positivo para as aparições do espírito, que, ainda que á primeira vista possam parecer literalmente estúpidas, acabam por ser fortes e brutas.

Veredicto: 14/20

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