quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

A Perfect Circle: Thirteenth Step

O NÚMERO DA SORTE








Chama-se "Thirteenth Step", o último álbum de orginais dos A Perfect Circle, e merece referência porque comprova a minha teoria de que o número 13 é o número da sorte, contrariamente ao que afirmam os supersticiosos.
Traço de evolução considerável desde "Mer de Noms", a estreia da banda, em 2000, "Thirteenth Step" foi lançado em 2003, e, sem dificuldade, consegue ultrapassar os já clássicos da banda, como o famigerado "Judith", uma vez que parecem ter sido postas de parte ideias como a de que é necessário berrar para fazer rock do duro. "Weak and Powerless" é, sem dúvida o melhor exemplo. E com um vídeo a fugir para o surrealismo a acompanhar. Ouro sobre azul.
Abre com uma brilhante e imprevisível procura de luz, "The Package", um esforço que parece deitado por terra pelo sombrio "Weak And Powerless", uma das melhores faixas de "Thirteenth Step", primeiro single, e, certamente, uma canção rara sem pretensiosismos, construída a partir de uma simploria guitarra eléctrica, de uma bateria bem arranjada e a voz a conduzir de uma forma incerta a canção.
Outros pontos de referência: "The Outsider", feito de uma estética complexa mas equilibrada, e de um forte sentido teatral.
"The Noose" também não corre mal. Ensombrada por uma composição feita de adornos e barroquismos, a letra dersenvolve-se até que, ao contrário do que se espera, termina sem uma conclusão. Muito bom.
Todas as outras faixas, sem se destacarem particularmente, não conseguem ser más canções, bem pelo contrário, a maior parte revela-se, realmente, melhor do que as de "Mer de Noms", o que mostra que o esforço vale a pena, e que, por vezes, a contenção não é antítiese do rock.






Veredicto: 17/20

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