Não vão assim tantos anos, Annie Lennox era metade dos Eurythmics. Depois, ela lançou-se a solo. “No More I Love You´s” foi, injustamente, o seu tema com mais projecção. Injustamente, porque outros há que mereciam tanta ou mais projecção, e não a tiveram. Mas, enfim, ninguém disse que ao que é bom todos dão atenção, e ainda bem, porque se alguém dissesse estaria a mentir.
“Bare” é a prova disso: lançado em 2003, ao longo de quatro anos, foi-lhe dada pouca importância. E em 4 anos, chegámos ao cúmulo de o Robbie Williams e os Da Weasel serem capa do Blitz, e nem uma palavra sobre Annie Lennox. Mas esqueçamos as injustiças da indústria musical, e passemos ao álbum em concreto: não se trata de um álbum feito ao acaso, longe disso. Bem pelo contrário: a evidente ausência de arestas mal limadas, e o perfeccionismo técnico de cada faixa confirma aquilo que a própria Annie escreve na contracapa do álbum, “I am not a young artist in their early twenties. I am a mature woman…” e eu acrescentaria “mature musicien”. Autora das onze canções, Lennox consegue com elas as suas melhores composições: além das letras escritas com mestria, boas não só por serem claramente intimistas, como também por estarem bem feitas, formalmente; também nas músicas Annie Lennox atinge em pleno uma característica que procurava desde “Medusa”: mesclar a sonoridade dos 80´s com métodos de produção mais actuais. E se, por um lado, os arranjos nos soam perfeitamente a 2003, os ritmos, muitas vezes, levam-nos a 83(+-). “A Thousand Beautiful Things”, “Oh God (Prayer)” ou “Loneliness” são exemplos claros da sonoridade dos anos 90 a impor-se, ao passo que outras como “Honestly”, “Wonderful” ou “Bitter Pill” vivem mais no passado. Nada contra. Bem pelo contrário.
É, enfim, um regresso em grande, que não é por ter sido ignorado que é menos bom. Um destaque também para a capa, com uma foto da autoria de Allan Martin: um grafismo perfeito. Equilíbrio!!!
Veredicto Final: 17/20
“Bare” é a prova disso: lançado em 2003, ao longo de quatro anos, foi-lhe dada pouca importância. E em 4 anos, chegámos ao cúmulo de o Robbie Williams e os Da Weasel serem capa do Blitz, e nem uma palavra sobre Annie Lennox. Mas esqueçamos as injustiças da indústria musical, e passemos ao álbum em concreto: não se trata de um álbum feito ao acaso, longe disso. Bem pelo contrário: a evidente ausência de arestas mal limadas, e o perfeccionismo técnico de cada faixa confirma aquilo que a própria Annie escreve na contracapa do álbum, “I am not a young artist in their early twenties. I am a mature woman…” e eu acrescentaria “mature musicien”. Autora das onze canções, Lennox consegue com elas as suas melhores composições: além das letras escritas com mestria, boas não só por serem claramente intimistas, como também por estarem bem feitas, formalmente; também nas músicas Annie Lennox atinge em pleno uma característica que procurava desde “Medusa”: mesclar a sonoridade dos 80´s com métodos de produção mais actuais. E se, por um lado, os arranjos nos soam perfeitamente a 2003, os ritmos, muitas vezes, levam-nos a 83(+-). “A Thousand Beautiful Things”, “Oh God (Prayer)” ou “Loneliness” são exemplos claros da sonoridade dos anos 90 a impor-se, ao passo que outras como “Honestly”, “Wonderful” ou “Bitter Pill” vivem mais no passado. Nada contra. Bem pelo contrário.
É, enfim, um regresso em grande, que não é por ter sido ignorado que é menos bom. Um destaque também para a capa, com uma foto da autoria de Allan Martin: um grafismo perfeito. Equilíbrio!!!
Veredicto Final: 17/20
Sem comentários:
Enviar um comentário