segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Anges Chus/ Anjos Caídos (fragmentos)



La hauteur du ciel se mesure par la chute de anges.


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Les anges peuvent s´approcher du soleil sans que leurs ailes fondent.
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Les anges sont transparents. Sont-ils pour autant invisibles?
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Les anges ont assité à l'expulsion de l'éden, ont vu les empires naître et crouler, les hommes se faire périodiquement faucher tels des blés, les charniers remplacer le fumier, pousser des moissons de soldats du stylo transgéniques, ont été témoins de la mort des dieux et de la décadence des hommes. Mais leur longévité ne leur sert de rien: les anges sont dépourvus de mémoire.
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Personne ne sait où vont les anges quand ils meurent. L'homme n'explore l'espace, sous les plus divers pretextes, que dans l'espoir de découvrir le cimetière des anges.
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Les anges ne font que passer. Comme le temps. Seul le silence s´installe.
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Qui veut faire l'ange se condamne à la chute.
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Qui reçoit une feinte d'ange sur la tête doit la prendre comme une bénédiction.
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On sait qu'un ange peut choir. On ignore si un diable peut s'élever.
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Les chutes d'anges, comme le pluies d'étoiles, annoncent l'extinction prochaine du ciel.
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Les anges ne peuvent pas pénétrer en enfer. Ils visitent la terre comme l'antichambre de la damnation.
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Les démons sont légion. L'armée des anges au ciel a été créée commo mesure de dissuasion. On ne rencontre sur terre que des anges déserteurs. Ils ne peuvent postuler que des postes de gardiens: ils n'ont appris qu'à obéir.
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Les anges ne craignent pas l'orage. Ils se rient du tonnerre des éclairs. Mais quand dieu se fâche et envoie, au lieu de pluie, des plaies, les anges volent bas.


Saguenail
Il n'y a Pas De Saisons en Enfer
2007, ed. Hélastre

desenho de Alberto Giacometti


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A altura do céu mede-se pela queda dos anjos.
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Os anjos podem-se aproximar do sol sem que as suas asas derretam.
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Os anjos são transparentes. Serão para todos então invisíveis?
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Os anjos assistiram à expulsão do éden, viram impérios nascer e sumir, os homens a serem periodicamente ceifados como milho, as sepulturas a substituir o estrume, plantações de soldados de chumbo transgénicos, foram testemunhas da morte dos deuses e da decadência dos homens. Mas a sua longevidade não lhes serve de nada: os anjos são desprovidos de memória.
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Ninguém sabe para onde vão os anjos quando morrem. O homem não explora o espaço, sob os mais diversos pretextos, senão na esperança de descobrir o cemitério dos anjos.


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Os anjos estão só de passagem. Como o tempo. Apenas o silêncio se instala.
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Quem quer fazer o anjo condenar-se à queda.
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Recebendo um anjo falso na cabeça deve tomá-lo como uma bênção.
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Sabemos que um anjo pode cair. Não está claro se um demônio pode ascender.
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As quedas dos anjos, como as chuvas de estrelas, anunciam o aproximar da extinção do céu.
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Os anjos não podem entrar no inferno. Eles visitam a terra como antecâmara da condenação.
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Os demónios são legião. O exército de anjos no céu foi criado como medida de dissuasão. Não reencontramos em terra senão anjos desertores. Eles não podem ter mais que postos de guardiães: não aprenderam senão a obedecer.
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Os anjos não têm medo da tempestade. Eles riem do trovão do relâmpago. Mas quando Deus fica irado e manda em vez de chuva, pragas, os anjos voam baixo.





Tradução livre de Sadsamson

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