Nunca vi nada assim.
Só ando nisto de festivais há cinco anos, já estive em alguns, mas o mais próximo que estive do Marés Vivas antes destes três dias foi num famigerado São João na Ribeira.
O público era constituido maioritariamente por bois a olhar para palácios: grandes palácios como Allison Goldfrapp, como os Placebo e os Editors: três concertos que passaram completamente ao lado de um público que está habituado a ouvir pouco mais que a Romana e a Ágata.
O melhor concerto acabou por ser o dos Goldfrapp, uma vez que a (des)organização do festival arruinou o concerto dos Placebo com o som distorcido além do aceitável e o concerto dos Editors que ficou suspenso 20 minutos porque o profissionalismo era a palavra de ordem dos responsáveis pelo Marés Vivas. Talvez se estivessem menos concentrados em quais os melhores lugares para colocar a barraca da cerveja e a decidir que brindes oferecer a quem aceitar fazer palhaçadas nos stands acabassem por pensar um pouco sobre o que é organizar um concerto respeitando os músicos: foi respeito que faltou perante os colectivos de Brian Molko e Tom Smith.
Enfim, para o ano não há mais, espero eu.
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