terça-feira, 5 de agosto de 2008

E + 10 Discos Para o Verão

Tarde, claro, vem a tradição anual do Camel e Coca-Cola dos dez discos para ouvir durante os meses que, por definição e para a generalidade, são os de não fazer nada. Música para o sol e para as noites quentes, então.


A NAIFA, "Canções Subterrâneas" 2004



São palavras de pessoas como José Luís Peixoto, Rui Lage, Adília Lopes ou Carlos Luis Bessa, interpretadas numa sonoridade de "fado, baixo e bateria". Com um sabor definitivamente suave e brilhante, "Canções Subterrâneas" marca o início de uma banda incontornável.

KINGS OF CONVENIENCE, "Riot In an Empty Street" (2007)


O som quente e simples de sempre. Certamente uma das bandas nórdias mais sonantes, os Kings of Convenience têm em "Riot On an Empty Street" mais um bom álbum, com canções tão atraentes como "I´d Rather Dance With You", uma das melhores desde "I Don´t Know What I Can Save You From".

ANNIE LENNOX, "Songs Of Mass Destruction" (2007)



O álbum mais recente da antiga metade feminina dos Eurythmics. Annie Lennox envereda pelos arranjos enormes e pela grande produção, mas sem perder nenhuma das características que a tornavam Annie Lennox. "Songs Of Mass Destruction" é decididamente uma boa opção para olhar para o mar ou o que quer que seja.

NICK DRAKE, "Pink Moon" (1972)


Último álbum de originais do cantor que nos deixou cedo demais. Indubitavelmente o senhor de algumas das melhores canções que já se fizeram, Nick Drake tinha, como poucos, o dom de cantar os sentimentos de clausura e de tristeza como se fosse um mestre zen. Palavras para quê?


TORI AMOS, "Scarlet´s Walk" (2002)

É certamente um álbum muito politizado. Mas canções como "Taxi Ride", "A Sorta Fairytale", "I Can´t See New York" ou "Don´t Make Me Come To Vegas" não podem faltar a ninguém. É mais um álbum da grande Mayra Ellen, o mais brilhante e meigo de todos, provavelmente.


CAROLINE, "Murmurs" (2004)

Não, não tem mesmo nada a ver com a Bjork, é outra coisa. Caroline tem a suavidade na voz, o minimalismo no gosto, e decididamente, uma calma tremenda na sua música. "Murmurs" é feito de paisagens idílicas e de sons optimistas. Portanto, muito lógico.


JOANNA NEWSOM, "The Milk Eyed Mender" (2004)

Idílica também, mas definitivamente mais bizarra. Joanna Newsom acompanhada da sua harpa ou do seu piano ou do seu cravo em 12 canções que ficam para a história, uma por uma. Correndo o risco de parecer taxativo, não é um álbum para quem adormece facilmente com um pouco de calor e uma música em que a tónica fica na suavidade.


JEWEL, "Pieces Of You" (1994)

Álbum de estreia de miss Jewel Kilcher, longínquo e no entanto, com um som sem tempo. É simples, é apenas Jewel e a sua guitarra, aqui e ali um ou outro arranjo de piano, de bateria ou de baixo. Inesquecível por peças como "You Were Meant For Me", "Foolish Games" ou "Little Sister".


RUFUS WAINWRIGHT, "Want Two" (2005)

O génio por excelência, Rufus Wanwright tem em "Want Two" o mais barroco e luminoso dos seus álbuns. O ponto de rebuçado do compositor que se começava a revelar em "Cigarrettes and Chocolate Milk" ou "Greek Song". Os arranjos são grandiosos e o som agradável e medievalista. A ouvir.


MORCHEEBA, "Charango" (2002)

Skye Edwards brilha com os Morcheeba neste álbum que foi, para muitos dos fãs o climax da carreira da banda. A voz meiga e profunda cose-se com a electronica discreta e os ritmos envolventes. O resultado é óptimo.

4 comentários:

your poison melody disse...

esse cd de anaifa é fantastico mas...acho que é mais de primavera...flor a florir desmedida..assim te vi...a rasgar a vida...brutal com a voz e tudo o resto mas para o verão...mars volta...mars volta e sparta parece-me sempre música de bosques e passaros e ETs sol...sabes?!
não gostas de Anais Nin ?

your poison melody disse...

ah...e nina simone...também adoro...I made wine from the lilak tree ..my heart in its recipie...makes me see what I want to see...be what I want to be...

Rapozo disse...

Boas. Vim dar os meus parabéns pelo êxito do Blog; se não fosse o comentário da Graça Martins, também este me tinha passado ao lado. Passeei por aqui e gostei.

André Campos disse...

Nick Drake! Verrry good. E quanto à Nina Simone e esse Lilac Wine - ouça-se isso plo Jeff Buckley (outro que nos deixou cedo demais).

(vim cá dar uma vista d´olhos a propósito da T. enquiry da Alice Corinde lá prò meu lado - e aqui te deixo: votos de long life 2 your blogue)