Tua carne sai do ventre dos guindastes que procuras,
trazes na mão as folhas que moem esta ternura
morta
e é lá que os dias se levantam
na cor que escolheste para morreres
junto ao meu corpo incinerado e calmo.
Sinto que meu cansaço é macio
como as noites de diamantes tumultuosos.
Tu encontravas pequenas caixas intercalares,
a mim nasciam-me insectos sedentos de luz,
bania-me no espaço rudimentar deste peito lateral
até que nas manhãs após teu coito
teus véus se construíam em direcção aos elementos.
Jaime Rocha
Beber a cor
1983, ed. &etc
pintura de Graça Martins
1 comentário:
Olá. Vim parar aqui em razão de uma postagem sobre Anaïs Nin. Gostei do espaço. Abraços,
Kleiton
http://kleitongoncalves.blogspot.com.br
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