Deixo que o silêncio que acentue. Foi um instante de silêncio, apenas, mas destes que se repetem. Os pregoeiros de voz conhecida voltaram, mas hão-de desaparecer, afastar-se. Os silêncios agradáveis dps doas de chuva tornarão. E se não tornarem...
Os pássaros já se aproximam. Foi mesmo o pio de um, que oiço de novo mas ainda afastado, que me fez apreciar aquêle silêncio que começava a reinar. Êste tempo chuvoso abafa o mundo, serve-lhe de redoma.
Irene Lisboa
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1943, ed. autora
pintura de Isabel de Sá
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