A paisagem de vidro, levíssima asa.
Era um lábio de rapaz devorando outro rapaz, era uma árvore crescendo em sangue só de fios.
Em direcção ao espelho o corpo transformava-se. A voz perturbava, ainda. Havia excessiva luz e uma frescura impossível.
Isabel de Sá
Nervura
1984, ed. Mirto
fotografia de Slava Mogutin
1 comentário:
mas que belo poema pela manhã e imagem a condizer. Lindo!!!
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