sábado, 3 de abril de 2010

Lisboa



Cidade branca
semeada
de pedras

Cidade azul
semeada
de céu

Cidade negra
como um beco

Cidade desabitada
como um armazém

Cidade lilás
semeada
de igrejas

Cidade prateada
semeada
de Tejo

Cidade que se degrada
cidade que acaba


Adília Lopes
Ovos (Poemas Novos)
ed. &etc, 2004

2 comentários:

Graça Martins disse...

Lindo, a foto e o poema. Quem me dera estar agora no miradouro que tão bem conheces, perto do Botequim da Natália Correia.

Supermassive Black-Hole disse...

hum............