Solta-se da boca a gravata gangrenada,
no finca-pé se trabalha a infância
mártir por despeito; preferias viajar
como um móvel que sai de casa desmontado.
A mó que vive encostada
numa claridade de muros que só prometida pelos mortos
assim me é o fundo secreto dos teus olhos; e o aperto
de mãos que lá ficou.
Passeamos nos planos duma fortificação
um lanço de escadas devolve-nos à ideia de lar
às dívidas alegres; solta-se a ponta
da língua porque o futuro não dirá.
Regina Guimarães
Anelar, Mínimo
&etc, 1985
imagem de Matthew Barney
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