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Tempo
digitado para as direcções do vento
A orgia dos gráficos nos prolonga
nossos cabelos cronometrados
Ó virgem com pinheiros nos olhos
morte
O ovário contínuo onde escuto os objectos
e os transmito nos dedos
Sem margem delta boca
ó mulher circular permeável ao vento
Virgem com pinheiros nos olhos
fêmea com nervos e dunas iguais a explosões
Invoco a madeira o limo o tempo
e entre ventos construo teu abdómen fixo
de Morfismos
1 comentário:
Grandes, grandes poemas. Boa ideia recordar essa grande morta que assim vai vencendo a lei da morte.
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