quarta-feira, 7 de maio de 2008

(Ainda) por falar em bandas portuguesas


há que não esquecer os A Naifa. São um bom exemplar de uma banda para quem ser português é importante, mas não essencial. Isto porque a génese da sua música é a fusão entre o fado e uma pop melancólica: com toda a naturalidade, a guitarra portuguesa toca a paredes meias com a bateria e o baixo. Também não utilizam certos tradicionalismos por norma associados ao fado. Nomeadamente no que toca ás letras. Isto porque na música dos Naifa, as palavras estão sempre ligadas a um universo simultaneamente urbano e interior: esta associação poderia ser literaria- afinal, é normal que num ambiente urbano, movimentado, rápido e impessoal,as pessoas acabem por se defender fixando-se no seu próprio interior. Entre os poetas que já escreveram para os Naifa contam-se Rui Pires Cabral, José Miguel Silva, Carlos Luís Bessa ou José Luís Peixoto.
O novo álbum, "Uma Inocente Inclinação Para o Mal", sucessor do excelente "3 Minutos antes da Maré Encher", já está publicado. A ouvir, mesmo.

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