Tomo sempre café com a Catarina C na Fnac de Santa Catarina ás Quartas Feiras, e passo pela mesma rua várias vezes. E ultimamente, tenho-me demorado um pouco a reparar nas iluminações de Natal. Não são bonitas mas são tão bonitas. É muito estranho. A rua toda iluminada é bonita, ainda que as iluminações sejam fatelas. Enfim, e tudo isto porque é Natal. Ainda no outro dia vinha a subir a rua, após a terceira dos The Gift e vinha a cantar
"_É Natal, é Natal
Tudo bate o pé..."
ou seja, eu e o Natal adoramo-nos. Palavra que gosto daquela época que os católicos gostam de chamar de advento (Não, não sou católico, nem gosto do termo "advento", parece que vem aí o vento... não acho que seja esse o objectivo.), gosto das pessoas que parecem bem-dispostas (E algumas só estão bem-dispostas no Natal.), gosto das montras das lojas cada uma mais possidónia que a anterior, das cançõezinhas que enchem as ruas com a sua sonoridade previsível... enfim, até acho que tem o seu quê de lógico a televisãoi fazer galas e tal... mas se há coisa que eu não entendo é mesmo as galas do Natal dos hospitais. Sim, acho muito bem que façam isso, mas não era preciso estarem a passar isso na TV, e ainda por cima a tarde toda. Quer dizer, não chegam as rádios locais, como agora, uns dias antes do Natal temos que levar com o Tony Carreira, a Ágata, a Romana, o Emanuel, os D´ZRT ou os 4Taste... deve ser para os doentes fugirem e deixarem os hospitais vagos, é que só pode. Mas não sei o método é eficaz, porque qualquer pessoa com o mínimo de bom-gosto vê cinco minutos daquilo na televisão, e começa a vomitar, e corre para o médico. Má ideia.
Mas avance-se a parte má da época natalícia, e saltemos para as compras de Natal, que eu gosto muito delas. Gosto mais que se compre para mim, mas, que remédio, também tenho que comprar para os outros. Felizmente, para mim e para os que me rodeiam, nunca achei que a história do Pai Natal estivesse bem contada. Não conseguia conceber que um velho gordo coubesse na chaminé da casa da minha avó, na casa da qual passo sempre a consoada. Pior ainda, nunca consegui perceber como é que ele entrava lá em casa, se a casa dos meus pais é um apartamento, e nem chaminé tem. Mais... como é que ele não morre? Como é que ele consegue estar á meia-noite nas casas todas? Como é que ele consegue estar nos centros comerciais todos ao mesmo tempo? Onde é que ele vai arranjar dinheiro para as prendas de toda a gente? Realmente, essa história não tem pés nem cabeça. No entanto, um belo Natal, tinha eu aí uns cinco anos, a minha mãe decidiu por cobro a essa treta toda do Pai Natal. Estávamos no Centro Comercial, e ela, em jeito de brincadeira, pergunta-me o que é que eu quero. Eu digo um número de coisa entrer vinte e trezentos e quarenta e um. A minha mãe tenta com calma explicar-me que não posso ter tantos presentes. Eu insisto. Afinal de contas, é um velhinho que me vai dar as prendas, que tem ela a ver com isso. Ela agarra-me num braço, para evitar que eu fizesse um escãndalo e leva-me a um canto
"_Quem te dá as prendas somos eu e o teu pai, o Pai Natal não existe, por isso, vais escolher menos coisas, estamos entendidos."
e posso dizer que o Mundo não me caíu aos pés. Foi como quando os The Gift ganharam o prémio da MTV (Este ano mais uma vez bem entregue, aos Moonspell.), eu ainda não sabia que eles tinham ganho, mas no fundo, sabia que só podia ser isso. Pronto, com o Pai Natal foi o mesmo. Eu ainda não sabia que ele não existia, mas no fundo, tinha plena consciência que ele nunca poderia existir. Não fiquei traumatizado, só um pouco chateado por ter que escolher menos tralha.
Portanto, hoje em dia, em vez que andar a ver os intervalos dos programas e escolher entre os 777 Action Man´s e 50000000000 carros telecomandados, limito-me a dar uma voltinha pelo Porto e decido-me por umas All Stars (Mais umas, desta feita, cinzentas.) e o pack das Donas de Casa Desesperadas, talvez mais um ou dois CDs se os meus tios que quiserem dar alguma coisa. E acho que não se deviam contar essas histórias aos putos. Depois por isso é que eles ficam habituados a ter tudo. Acham que é um homem que cai das chaminé que lhes dá. Ou seja, tudo isto, porque faltam poucas semanas para o Natal e eu já me sinto um pouco mais calminho dentro das minhas psicoses. Quando elas voltarem, talvez deva pedir ao Pai Natal uma Barbie, porque ela faz tantas coisas, que entre elas, há-de ser psiquiatra...
"_É Natal, é Natal
Tudo bate o pé..."
ou seja, eu e o Natal adoramo-nos. Palavra que gosto daquela época que os católicos gostam de chamar de advento (Não, não sou católico, nem gosto do termo "advento", parece que vem aí o vento... não acho que seja esse o objectivo.), gosto das pessoas que parecem bem-dispostas (E algumas só estão bem-dispostas no Natal.), gosto das montras das lojas cada uma mais possidónia que a anterior, das cançõezinhas que enchem as ruas com a sua sonoridade previsível... enfim, até acho que tem o seu quê de lógico a televisãoi fazer galas e tal... mas se há coisa que eu não entendo é mesmo as galas do Natal dos hospitais. Sim, acho muito bem que façam isso, mas não era preciso estarem a passar isso na TV, e ainda por cima a tarde toda. Quer dizer, não chegam as rádios locais, como agora, uns dias antes do Natal temos que levar com o Tony Carreira, a Ágata, a Romana, o Emanuel, os D´ZRT ou os 4Taste... deve ser para os doentes fugirem e deixarem os hospitais vagos, é que só pode. Mas não sei o método é eficaz, porque qualquer pessoa com o mínimo de bom-gosto vê cinco minutos daquilo na televisão, e começa a vomitar, e corre para o médico. Má ideia.
Mas avance-se a parte má da época natalícia, e saltemos para as compras de Natal, que eu gosto muito delas. Gosto mais que se compre para mim, mas, que remédio, também tenho que comprar para os outros. Felizmente, para mim e para os que me rodeiam, nunca achei que a história do Pai Natal estivesse bem contada. Não conseguia conceber que um velho gordo coubesse na chaminé da casa da minha avó, na casa da qual passo sempre a consoada. Pior ainda, nunca consegui perceber como é que ele entrava lá em casa, se a casa dos meus pais é um apartamento, e nem chaminé tem. Mais... como é que ele não morre? Como é que ele consegue estar á meia-noite nas casas todas? Como é que ele consegue estar nos centros comerciais todos ao mesmo tempo? Onde é que ele vai arranjar dinheiro para as prendas de toda a gente? Realmente, essa história não tem pés nem cabeça. No entanto, um belo Natal, tinha eu aí uns cinco anos, a minha mãe decidiu por cobro a essa treta toda do Pai Natal. Estávamos no Centro Comercial, e ela, em jeito de brincadeira, pergunta-me o que é que eu quero. Eu digo um número de coisa entrer vinte e trezentos e quarenta e um. A minha mãe tenta com calma explicar-me que não posso ter tantos presentes. Eu insisto. Afinal de contas, é um velhinho que me vai dar as prendas, que tem ela a ver com isso. Ela agarra-me num braço, para evitar que eu fizesse um escãndalo e leva-me a um canto
"_Quem te dá as prendas somos eu e o teu pai, o Pai Natal não existe, por isso, vais escolher menos coisas, estamos entendidos."
e posso dizer que o Mundo não me caíu aos pés. Foi como quando os The Gift ganharam o prémio da MTV (Este ano mais uma vez bem entregue, aos Moonspell.), eu ainda não sabia que eles tinham ganho, mas no fundo, sabia que só podia ser isso. Pronto, com o Pai Natal foi o mesmo. Eu ainda não sabia que ele não existia, mas no fundo, tinha plena consciência que ele nunca poderia existir. Não fiquei traumatizado, só um pouco chateado por ter que escolher menos tralha.
Portanto, hoje em dia, em vez que andar a ver os intervalos dos programas e escolher entre os 777 Action Man´s e 50000000000 carros telecomandados, limito-me a dar uma voltinha pelo Porto e decido-me por umas All Stars (Mais umas, desta feita, cinzentas.) e o pack das Donas de Casa Desesperadas, talvez mais um ou dois CDs se os meus tios que quiserem dar alguma coisa. E acho que não se deviam contar essas histórias aos putos. Depois por isso é que eles ficam habituados a ter tudo. Acham que é um homem que cai das chaminé que lhes dá. Ou seja, tudo isto, porque faltam poucas semanas para o Natal e eu já me sinto um pouco mais calminho dentro das minhas psicoses. Quando elas voltarem, talvez deva pedir ao Pai Natal uma Barbie, porque ela faz tantas coisas, que entre elas, há-de ser psiquiatra...
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