sexta-feira, 22 de dezembro de 2006

Minha Alma de Amor Sedenta, Sequiosa

por António dos Santos



Minha alma de amor sedenta, sequiosa
Barco sem rumo e sem Deus, fora do mundo
Anda á mercê da tormenta, tenebrosa
Desse mar dos teus olhos, negro e profundo

Essa dádiva total e quase louca
Que me pedes hora a hora, a cada instante
É o que a minha alma de dá, sem nada em troca
Quando de amor por ti chora, soluçante

Se eu um dia te perder, na tua vida
Jurarei virado aos céus, ao sol e á lua
Os perdoes que Deus me der, arrependido
Meu amor, são todos teus como eu sou teu

É uma causa perdida, pois não deve
O ser proibido amar e desejar
Quem perde um amor na vida, que é tão breve
Jamais deveria cantar e até sonhar...

fotografia de Gabriele Basilico

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