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Do condenado que me está mais próximo, não sei sequer o nome. Sei que matou num mês de Março e que, no dia em que matou, passou a existir. Foi então que lhe deram
Do condenado que me está mais próximo, não sei sequer o nome. Sei que matou num mês de Março e que, no dia em que matou, passou a existir. Foi então que lhe deram
um nome,
catre
e chicote, e lhe dirigiram a palavra para o interrogar
se só havia mar.
Nem tinha intuição suficiente para medir a ironia da pergunta, e
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o seu espírito entrou no jardim do meu pensamento, porque a porta imaginária estava aberta, e a comida irreal das imagens de Psalmodia cheirava bem.
Vieram, depois, um a um, quando me viram a fazer um momente de ramos mortos e de madeiras velhas. Desmanchava as naus para que houvesse lume e calor, e convidei-os a que renovassem intensamente pelo fogo os destinos quue traziam.
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Para arder, trazem poucas ideias.
E as intenções, e as atitudes, são as habituais:
mão pesada, boca suja, faca e caralho mortais.
Mas acabaram por me dizer, porque eu lhes disse ou lhes inspirei o que deviam dizer, que tinham lançado matreiramente e, por vezes, a grande distância, e corda da forca no Oceano,
que, nas suas vidas, não fora nem cova, nem senda.
Sabiam, todavia,
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que a linha de vida de um podia salvar a linha de vida de outro e que a frota, onde não eram mais nem humilhados, nem distinguidos, era o conjunto ermo das naus e sinal da paranóia real "puer natus est nobis, cujus imperium...".
_Onde está o vosso capitão? -perguntou-lhes Psalmodia, e viu-lhes nas cervizes o medo.
Maria Gabriela Llansol
Da Sebe ao Ser
1988, ed. Rolim
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