sábado, 18 de outubro de 2008

herberto

Só gostava de dizer que acho que o que se passou com a edição de "A Faca Não Corta o Fogo" de Herberto Hélder foi uma verdadeira vergonha.
Fazer uma tiragem de 3000 exemplares e dizer que o autor não autoriza reedições só faz com que os alfarrabistas comprem os livros todos para daqui a uns meses venderem pelo dobro ou triplo do preço original.
Depois, não sei como é que de repente o público de poesia de Portugal passa de 500 leitores para 2500 (Assumindo que 500 exemplares ficaram fora de mercado, e não sei se foram tantos.).
Se a Assírio e Alvim e o autor tiverem o mínimo de consideração por quem quer ler o livro (E não ganhar dinheiro com ele.), farão uma segunda edição.

2 comentários:

Graça Martins disse...

Ainda estou em estado de choque com este processo mediático bem ao nível americano. Acho que desde que o Hermínio Monteiro morreu a Assírio & Alvim mudou de estratégia livreira. Afinal a poesia não está a honrar a palavra do poeta. O livro é um sabonete raro que provocou a corrida ao mercado. Estamos na Bolsa de Tóquio? E o Herberto Helder? Concorda com este jogo capitalista?
Algo me diz que a telenovela vai continuar. Será uma estratégia para aguentar a crise? Mas de quem? Da editora ou do poeta?

genital apoteótico disse...

É gente túpida, é o que é..