Noite alta de domingo, passei o dia todo a evitar fazer o programa do gordo (Comer e ver-televisão), primeiro porque não quero precisamente ficar gordo, segundo porque até a Fox Life está uma seca.
Mas pronto, é noite, nada que fazer… e na sic está a passar o Ídolos. Lembro-me das grandes gargalhadas que dei há alguns anos quando foi a primeira edição, precisamente aquela em que uma rapariga com reportório de show-girl insultou o Luís Jardim ou então a Luciana Abreu conseguiu chegar longe, num concurso de cantores, para mais tarde se tornar Floribella. Momentos destes certamente, não indo para o cancioneiro, pelo menos chegam ao imaginário de uma população como a nossa, em que o vazio é ainda um belo ócio.
Tudo bem. Vamos lá ver o que há por aqui. Para começar, apresentadores e juri alteram-se. Em vez o Pedro Granger e da Sílvia Alberto, estão a Cláudia Vieira e o João Manzarra. Ou seja, por mais que os apresentadores tenham mudado, o seu efeito em mim em nada mudou: ainda há um que me irrita consideravelmente (Cláudia Vieira sucede, portanto, a Pedro Granger.) e há outro que não deixa de me parecer um tanto mal aproveitado (De Sílvia Alberto passa para João Manzarra.).
O juri, idem-aspas. Não percebo bem qual é esta mania que a sic tem de arranjar para juri pessoas que não percebem nada de música. Na primeira edição tínhamos o Luís Jardim que já trabalhou, é bom lembrá-lo, com a Bjork, a Vanessa Mae, e por aí. Neste caso, temos um Luís Jardim português, que cabe a Philipe Laurent. Depois, temos três pessoas que pouco ou nada percebem de música: Manuel Moura dos Santos, manager, que transita da primeira edição para presidente do juri nesta, Roberta Medina, organizadora do Rock In Rio, ou seja, empresária e um outro gajo que parece que é director dos canais da sic, cujo nome me escapa, mas cuja presença é, sem dúvida, a mais irritante, porque afinal é quem menos está relacionado com música e é quem faz os comentários mais irritantes e pretensiosos.
Agora os concorrentes. Truncando Luiza Neto Jorge: “chorar ou rir? Um medo tal!”.
Bom, sinceramente, do que vi, achei assustador. Eu percebo que todos nós, e isso incluiu-me a mim, achamos engraçado cantar no banho, e que alguns, e isso excluiu-me mas inclui a Rachel de Friends, gostam de fingir que o gel de banho é uma Grammy para Melhor Artista Revelação. Mas daí até estar a grunhir ou guinchar ou ranger em frente a uma câmara que nos mostra ao país todo, parece-me que há uma considerável distância.
Há de tudo. Uns esquecem-se da letra, outros cantam de uma forma afectada, outros berram para mostrar boa ginástica de voz, outros dançam e murmuram qualquer coisa, outros grunhem e acham surpreendente que lhes digam que não é bom ou boa, outros cantam ópera e deixam cair o queixo quando lhes dizem que querem um ídolo pop, outros levam roupas atrevidas a ver se caem nas boas graças do juri, outros começam a chorar quando lhes dizem que não, outros choram quando lhes dizem que sim... Enfim. No meio disto tudo, lá apareceu um ou outro gato pingado que até cantava bem.
Última nota: a versão americana passava na Fox Life. Não é que os concorrentes fossem melhores, mas nada substitui aquelas brigas idiotas do Simon com a Paula Abdul. Também nada substitui aquela emotividade histérica da Paula Abdul. Nem as tendências espiritualistas da Kara DioGuardi.
Portanto, entre concorrentes malucos, juris que não percebem nada e ainda por cima não se chateiam uns com os outros e uma apresentadora desenxabida, deixo duas sugestões à sic:
A primeira prende-se com o lugar onde filmam as audições e as galas: há um lugar no Porto chamado Hospital do Conde de Ferreira. Não seria má ideia irem para lá.
A segunda tem a ver com o juri: mandem importar a Paula Abdul. Pode ser que alguém comece a pôr na ordem o gajo dos canais da sic.
Mas pronto, é noite, nada que fazer… e na sic está a passar o Ídolos. Lembro-me das grandes gargalhadas que dei há alguns anos quando foi a primeira edição, precisamente aquela em que uma rapariga com reportório de show-girl insultou o Luís Jardim ou então a Luciana Abreu conseguiu chegar longe, num concurso de cantores, para mais tarde se tornar Floribella. Momentos destes certamente, não indo para o cancioneiro, pelo menos chegam ao imaginário de uma população como a nossa, em que o vazio é ainda um belo ócio.
Tudo bem. Vamos lá ver o que há por aqui. Para começar, apresentadores e juri alteram-se. Em vez o Pedro Granger e da Sílvia Alberto, estão a Cláudia Vieira e o João Manzarra. Ou seja, por mais que os apresentadores tenham mudado, o seu efeito em mim em nada mudou: ainda há um que me irrita consideravelmente (Cláudia Vieira sucede, portanto, a Pedro Granger.) e há outro que não deixa de me parecer um tanto mal aproveitado (De Sílvia Alberto passa para João Manzarra.).
O juri, idem-aspas. Não percebo bem qual é esta mania que a sic tem de arranjar para juri pessoas que não percebem nada de música. Na primeira edição tínhamos o Luís Jardim que já trabalhou, é bom lembrá-lo, com a Bjork, a Vanessa Mae, e por aí. Neste caso, temos um Luís Jardim português, que cabe a Philipe Laurent. Depois, temos três pessoas que pouco ou nada percebem de música: Manuel Moura dos Santos, manager, que transita da primeira edição para presidente do juri nesta, Roberta Medina, organizadora do Rock In Rio, ou seja, empresária e um outro gajo que parece que é director dos canais da sic, cujo nome me escapa, mas cuja presença é, sem dúvida, a mais irritante, porque afinal é quem menos está relacionado com música e é quem faz os comentários mais irritantes e pretensiosos.
Agora os concorrentes. Truncando Luiza Neto Jorge: “chorar ou rir? Um medo tal!”.
Bom, sinceramente, do que vi, achei assustador. Eu percebo que todos nós, e isso incluiu-me a mim, achamos engraçado cantar no banho, e que alguns, e isso excluiu-me mas inclui a Rachel de Friends, gostam de fingir que o gel de banho é uma Grammy para Melhor Artista Revelação. Mas daí até estar a grunhir ou guinchar ou ranger em frente a uma câmara que nos mostra ao país todo, parece-me que há uma considerável distância.
Há de tudo. Uns esquecem-se da letra, outros cantam de uma forma afectada, outros berram para mostrar boa ginástica de voz, outros dançam e murmuram qualquer coisa, outros grunhem e acham surpreendente que lhes digam que não é bom ou boa, outros cantam ópera e deixam cair o queixo quando lhes dizem que querem um ídolo pop, outros levam roupas atrevidas a ver se caem nas boas graças do juri, outros começam a chorar quando lhes dizem que não, outros choram quando lhes dizem que sim... Enfim. No meio disto tudo, lá apareceu um ou outro gato pingado que até cantava bem.
Última nota: a versão americana passava na Fox Life. Não é que os concorrentes fossem melhores, mas nada substitui aquelas brigas idiotas do Simon com a Paula Abdul. Também nada substitui aquela emotividade histérica da Paula Abdul. Nem as tendências espiritualistas da Kara DioGuardi.
Portanto, entre concorrentes malucos, juris que não percebem nada e ainda por cima não se chateiam uns com os outros e uma apresentadora desenxabida, deixo duas sugestões à sic:
A primeira prende-se com o lugar onde filmam as audições e as galas: há um lugar no Porto chamado Hospital do Conde de Ferreira. Não seria má ideia irem para lá.
A segunda tem a ver com o juri: mandem importar a Paula Abdul. Pode ser que alguém comece a pôr na ordem o gajo dos canais da sic.
2 comentários:
também existe a alternativa do Hospital Magalhães de Lemos.bé maior e cabem todos.
exactamente. E olha que o ego do gajo dos canais da sic ocupa muito espaço.
Adaptando uma piada do Herman sobre a Manuela Moura Guedes:
às vezes vou ter com esse gajo e dou três ou quatro voltas ao ego dele, e já fiz exercício físico para uma semana.
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