A palavra cantada, bem cantada, é duplamente poética. Em Portugal, Amália foi pioneira no que toca a ser selectiva com as palavras que cantava, não desde o início (Marcado por um reportório mais popular, que, na minha humilde opinião, é menos interessante.), mas a partir do momento em que começa a cantar David Mourão Ferreira, Pedro Homem de Mello, Vasco de Lima Couto, Cecília Meirelles e até Camões. No entanto, se há pessoa que desde sempre teve essa preocupação com a palavra, essa pessoa foi Mísia, conterrânea do Porto, dona de uma voz brutal que já interpretou Vasco Graça Moura, Lídia Jorge, Agustina Bessa Luís, José Saramago, António Lobo Antunes, Mário Cláudio, Rosa Lobato de Faria, João Monge, Pedro Tamen, Sérgio Godinho, entre muitos outros. Actualmente pronta a lançar o seu próximo álbum, “Lisboarium”, fecha assim o ciclo de “Drama Box”, o seu melhor álbum até á data (Acho eu.) onde a palavra é, como sempre, um dos elementos fulcrais.
Fica a sugestão.
Fica a sugestão.
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