Acabado de lançar, Abnormally Attracted to Sin recupera um pouco a sonoridade leve de Scarlet´s Walk (2001) que se torna um tanto mais depressiva em The Beekeeper (2005). Além disso, a atmosfera de viagem e a sensualidade herdada de American Doll Posse (2007) fazem do mais recente álbum de Myra Ellen obrigatório agora. Algumas sugestões genéricas, "That Guy", "Curtain Call" ou "Fast Horse".
BLIND ZERO "A Way To Bleed Your Lover" (2003)
Nem só de sol e alegria se faz o verão. A Way To Bleed Your Lover, quarto álbum de originais dos Blind Zero é, provavelmente, o mais denso e negro álbum da banda, que agora nos revisita com Luna Park, a ser lançado em Setembro. Enquanto não chega, ficam canções como "The Down Set Is Tonight" ou "Nothing Else Goes On".
AIMEE MANN "Lost In Space" (2002)
Suave e simples, Lost In Space é sem dúvida um dos picos de qualidade da vasta discografia de Aimee Mann. Se a banda sonora de "Magnolia" a afirmou em definitivo, álbuns como este não afirmam menos a originalidade das composições e das letras da cantora. "The Moth", "Humpty Dumpty" ou "It´s Not", por exemplo.
AMY MacDONALD "This Is The Life" (2009)
Com menos sucesso que a outra Amy (a Winehouse), mas seguramente com uma música mais sólida, Amy MacDonald estreia-se com This Is The Life, um álbum no mínimo prometedor. Seguindo uma tradição nada alheia aos percursos de Alanis Morissette ou Jewel, nomes da praxe neste tipo de rock de autor, MacDonald mostra-se já firme e interessante enquanto compositora, e de bastante qualidade em termos de voz e execução. A ouvir, canções como "Let´s Start a Band", "Poison Prince" ou "This Is The Life".
SARAH McLACHLAN, "Closer- The Best Of" (2009)
Revisitação de uma longa discografia, Closer- The Best Of Sarah McLachlan dissipa agora quaisquer dúvidas de que estamos perante um dos mais interessantes percusos do dito rock acústico. Numa linha menos agressiva, e mais melódica com forte aposta no lado instrumental, Sarah McLachlan, cantora, compositora, letrista, pianista, guitarrista &etc trouxe á luz canções obrigatórias como "Silence", "The Path Of Thorns (Terms)" ou "Fallen", a par com dois inéditos, "Don´t Give Up On Us" e "U Want Me 2".
MARIZA, "Terra" (2008)
Quarto álbum de uma das mais consagradas fadistas, Terra vem confirmar o que Transparente (2005) já afirmava: que Mariza se vai afastando da sua matriz original de fadista mais "clássica", encontrando o fado em sonoridades que, à partida, pouco têm em comum com ele. Neste caso, trata-se de uma revisitação das raízes africanas da fadista. Paragem obrigatória em "Já Me Deixou", "Rosa Branca" e "Morada Aberta".
A NAIFA, "Três Minutos Antes da Maré Encher" (2003)
A fórmula parece ousada, mas resulta bem: fado, baixo e bateria. João Aguardela, que nos deixou há alguns meses, foi o mentor deste projecto, onde poetas contemporâneos são interpretados num som que funde o urbano com o tradicional, gerando canções improváveis como "Antena" (Poema de Rui Lage.), "A Verdade Apanha-se Com Enganos" (Poemas de Pedro Sena-Lino.) e o mais conhecido "Monotone" (Poema de João Miguel Queirós.)
KT TUNSTALL, "Eye To The Telescope" (2005)
Apesar de Eye To The Telescope ser um álbum que aposta em forte na produção e na composição, KT Tunstall não conseguiu o consenso da crítica. Muito aclamada por uns, chamada de embuste por outros, fica ao ouvinte decidir. Eu cá acho que coisas como "Black Horse and The Cherry Tree", "The Other Side Of The World" ou "Under The Weather" falam por si.
ADRIANA CALCANHOTTO, "Maré" (2008)
O mais recente álbum de originais de Adriana Calcanhotto, Maré, abraça com convicção a escola MPB de que a cantora, de certa forma, sempre se mantivera à margem. As participações de Moreno Veloso e Marisa Monte contribuem. A digressão do álbum em Portugal está na origem do seu livro Saga Lusa. A ouvir "Mulher Sem Razão", "Um Dia Desses" e "Três", além do b-side, "Poética do Eremita" em que, ao violoncelo, Adriana interpreta um poema de Fiama Hasse Pais Brandão.
AMÁLIA HOJE, "Hoje" (2009)
Projecto que junta Sónia Tavares e Nuno Gonaçlves dos The Gift, Fernando Ribeiro dos Moonspell e Paulo Praça à volta da música de Amália, Amália Hoje não deixa de ser um projecto arrojado que consegue atingir o objectivo primeiro: dar uma nova roupagem, mais urbana e moderna, ao fado, desfazendo o mito criado por algumas mentes mais... enfim... de que o fado é conservador e clássico. As interpretações de Sónia Tavares revelam-se, claro, as melhores e mais firmes, "Gaivota" (Poema de Alexandre O´Neill.), "O Medo" (Poema de Reinaldo Ferreira.) e "Fado Português" (Poema de José Régio.)
1 comentário:
estarei confusa ou Battle for the Sun dos Placebo devia fazer parte desta lista???
Este lapso é digno de uma interpretação analítica. Solicita-se um Freud de serviço do séc.XXI!!! Até porque ouvir Placebo e Battle for the Sun, enquanto se contempla o mar, como já me aconteceu nos últimos dias, é excelente.
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