domingo, 2 de agosto de 2009

fiama hasse pais brandão


Tempo
digitado para as direcções do vento

A orgia dos gráficos nos prolonga
nossos cabelos cronometrados

Ó virgem com pinheiros nos olhos
morte

O ovário contínuo onde escuto os objectos
e os transmito nos dedos

Sem margem delta boca
ó mulher circular permeável ao vento

Virgem com pinheiros nos olhos
fêmea com nervos e dunas iguais a explosões

Invoco a madeira o limo o tempo
e entre ventos construo teu abdómen fixo


de Morfismos

1 comentário:

sancha frança disse...

Grandes, grandes poemas. Boa ideia recordar essa grande morta que assim vai vencendo a lei da morte.