Esgotadíssimo o número um, o número dois já está à venda. No Porto, na Livraria Poetria (Rua das Oliveiras) e na Loja Gato Vadio (Rua do Rosário- Circuito de Miguel Bombarda) e em Lisboa na banca da Frenesi, aos Sábados, abaixo da Brasileira do Chiado.
O projecto de Graça Martins e Isabel de Sá inverte agora a direcção gráfica: a capa fica a cargo de Graça Martins, ao passo que o interior a cargo de Isabel de Sá, com ilustrações feitas especificamente para esta edição.
Os poemas são de Isabel de Sá, Jorge Melícias, Rosa Alice Branco e Paulo da Costa Domingos, e ainda dois meus...
Deixo a imagem da capa, bem como duas fotografias do lançamento, que decorreu no Palacete dos Viscondes de Balsemão, no passado Sábado. As leituras foram de Rui Pena e Susana Guimarães. O também poeta Nuno Brito tocou saxofone.
(as fotografias do lançamento vieram do site do Clube Literário do Porto)
10 comentários:
Gosto mt das capas, quer do primeiro, como do segundo e de todos os poemas, mas a revista em si, parece um projecto escolar do 3º ano. Acho que deviam incluar mais do que poesia e apostar num grafismo mais "adulto" e diversificado. Tudo, em nome do leitor. Abraço
Antonio, deve ter em conta que as ilustrações da Isabel de Sá, assim como a sua pintura, têm uma plasticidade e grafismo rasgado, informal e impetuoso; pois que reclamar pelo "adulto" é insultar o estilo da autora.
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Nao sao pessoas adultas quem escreve nesta revista escreve e a desenha, sao pessoas altamente irresponsaveis, livres, que vivem uma segunda infancia.
Se o leitor-comum quer leituras diversificadas e nao entende o conceito da revista é porque ela nao está em conformidade com a generalidade das revistas literárias. Ela é "rara", como dela disse uma das colaboradoras.
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Senhor Antonio, eu sou um grande defensor desta revista, as apostas ja estao feitas.
barbedo
Obrigada pela defesa, mas as pessoas desta revista, para falar apenas das artistas plásticas, têm prémios de pintura e desenho, uma carreira artística já longa, uma delas com acervo em Serralves, e a compreensão ou não do resultado gráfico, destes dois números, é uma obra aberta como dizia Roland Barthes. São mais que adultas e responsáveis. Mas a criatividade é transgressora e provoca polémica. Tudo bem.
Só dei a minha opinião enquanto leitor. Não duvido da qualidade da escrita e desenho de nenhum dos colaboradores do projecto e nem pretendo insultar ninguém com os meus comentários.Longe disso.
Agora, por muitos prémios que as pessoas ganhem e conceituadas que sejam penso que devem estar sempre receptivas às sugestões e críticas de outros.É fundamental.
obviamente, mas a crítica quer-se informada.
A obra da Isabel de Sá, para quem devia ser o (infeliz) comentário do "projecto escolar do 3º ano", é realmente uma das mais pertinentes do pós-25 de Abril, e uma das suas características centrais é precisamente utilizar um traço infantilizado para desenhar os aspectos mais violentos e vergonhosos desta sociedade, uma clara crítica à não-liberdade em que vivemos. Ou neste caso, talvez "formatação" seja mais apropriado do que "não-liberdade".
Penso que não fui compreendido, o tão famoso "projecto escolar do 3º ano", não era para caracterizar os desenhos. Coisa que nunca disse, mas sim vocês.
Quando afirmei isso, foi em relação ao aspecto da revista, o facto de as folhas serem todas brancas, apenas com texto, a fazer lembrar aquelas revistas escolares, que os miúdos costumam fazer na escola. Quanto aos desenhos, não tenho nada a critcar, apenas penso que falta mais criatividade ao projecto: texto e desenho não chega, na minha opinião...
Caro Antonio
Será que tem conhecimento do que é uma revista literária ou de poesia?
Fala de folhas brancas? Mas espere lá, as folhas das revistas literárias são de cor? Eu acho que de cor é a publicidade dos supermercados e com muita imagem fotográfica à mistura.
Ou um catálogo de venda de qualquer produto.
Há aqui muita confusão. Acho que nem dá para descodificar.
Mas tem direito à sua opinião.
Nada de censura com o lápis azul.
Já vi que mais vale nem continuar. A senhora acha-se a senhora da verdade e qualquer crítica ou sugestões é mal-dizer de uma sociedade formatada, que funciona como rebanho. E vocês estão acima de isso tudo, mentes pensantes e privilegiadas, donos da razão e da verdade. Pois continuem nesse pedestal, que eu aqui em baixo vou seguindo a minha vidinha, igual à de tantos outros...
Nada disso, eu (falo por mim) acho que nao podemos maltratar as críticas vindas do público, porque, afinal, o senhor António sempre comprou e viu a revista, disse mesmo que gostou dos poemas, é leitor.
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Apenas vejo nessa critica um ponto fútil ( o medo das folhas brancas). O texto, quando toca à literatura, é o mais importante.
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E nao estamos a falar de revistas culturais com grandes tiragens e distribuição por todos os quiosques do país, como a Egoísta, que gasta tinta e mais tinta em paginas com fotografias de fundo, cada uma com uma grelha gráfica diferente.
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Para mim, a ambição da revista
é a poesia, nao os grandes arranjos e cores.
acho até interessante que ache que falta criatividade às revistas.
Não estou a ver nenhuma revista de poesia que tenha, sequer, metade da qualidade gráfica que esta tem.
Vá procurar a criatura, de capas lisas e só com texto, ou a Telhados de Vidro, que só tem ilustração na capa, ou a Hifen, que já acabou, mas era o mesmo...
Como vê, o seu problema acaba por nem ser problema. Se fôr ver as "aclamadas" revistas lisboetas, deixam muito a desejar comparadas com esta. Essas sim, são revistas formatadas e que parecem meias "escolares" independentemente do que lá esteja escrito.
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