quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Passagem pelo Sudoeste 1 (os concertos)

CLÃ
dia 7

Os Clã são certamente uma das melhores bandas portuguesas, mais do que afirmadas. Este concerto foi mais uma prova. Com passagem por vários dos pontos altos da sua carreira, de "Sopro do Coração" a "Tira a Teima", Manuela Azevedo e comparsas não deixaram de brilhar.
Além da versão a guitarra acústica e voz de "Sopro do Coração", destaque para "h2omem", com Arnaldo Antunes como convidado, "GTI", previsivelmente um dos melhores momentos e "Dançar na Corda Bamba", que o público parecia esperar desde o início.



BJORK
dia 7




Claramente o melhor momento de todo o festival, Bjork entrou no palco após um espectáculo de marionetas vivas suspensas sobre o público com percussão e uma trapezista. Dentro de um escultórico vestido (ou kimono) que lhe dava um dos aspectos mais invulgares que já teve, entrou com "Earth Intruders", single de avanço de "Volta", que haveria de dar o mote para uma autentica manifestação tribal do mais bizarro possível.
Sofrendo incríveis transmutações, a noite permitiu-nos ouvir clássicos como "Army Of Me" mais rock que outra coisa, "Hyperballad" com ritmo dançável a terminar, "Pluto" mais agressivo do que o normal, "Pagan Poetry" indescritível, "Immature" sempre interessante, "I Miss You" absolutamente inesperado, "Hunter" um verdadeiro transe, "Who Is It" mais ritmado, "Vokuro" comovente, "All Is Full Of Love" agora com um cravo a marcar o ritmo, "Pleasure Is All Mine" do controverso "Medulla", agora mais sinistro do que nunca, entre as canções do mais recente "Volta", que incluiam "Wanderlust" e "Hope", onde se fez acompanhar por Toumani Diabaté em deliciosos solos de kora. Para os aopteóticos encores, reservou "The Anchor Song" e "Declare Independence", onde as minhas cordas vocais se danificaram consideravelmente.
Sobre Bjork, uma palavra: deus!
É caso para lhe dizer "OBRIGADO", se possível com o mesmo sotaque giríssimo com que ela foi dizendo, em várias entoações.



GOLDFRAPP
dia 8

Allison Goldfrapp e Will Gregory, acompanhados pela sua banda, registaram o momento alto do segundo dia de festival. Ainda que, infelizmente, a maioria do público estivesse à frente do palco apenas para assegurar um bom lugar em Chemical Brothers, o concerto dos Goldfrapp valeu por si próprio.
Começando com "Utopia", fez passagem pelos restantes três álbuns da banda. O defeito é que este concerto parecia promover "Supernature", em vez de "Seventh Tree", apesar da interessantíssima decoração do palco.
Fora isto, nada se pode apontar à performance da banda, em momentos tão bons como "A&E", "Satin Chic", "Train" ou "Number1". Destaque, no entanto, para "Ooh La La" e "Strict Machine", a terminar em grande. Uma pena ter sido tão curto.

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