apago cigarro atrás de cigarro
Apago cigarro atrás de cigarroa chávena ainda quente de café,e o corpo todo á escuta.No sono entrevi o teu olhar eao visitar-te, excessivamente te beijei.Entre temor, entre comas, os lugaresque habito são apenas pontosde esquecimento e fuga.Tenho medo, por vezes, de estar em casa,outras de sair, não sei o que me persegueou persigo, movo-me apenaspor entre odores, escombros, e aflitacom perigos indefiniveis.Helga Moreira, "Os Dias Todos Assim", 1996Henri Matisse, "Harmonia em Vermelho", 1908
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